Quando iniciei o desafio das “365 leituras da pilha de 2025” no dia 02 de janeiro, o objetivo primário era responder a uma pergunta curiosa: será que tenho obras suficientes na pilha para manter a leitura durante um ano inteiro? Sim, tenho. Na verdade, tenho o suficiente para manter esse desafio por, pelo menos, mais uns quatro anos ininterruptos. O segundo objetivo, era aumentar a frequência da minha leitura. A percepção que eu tinha, era a de que havia diminuído devido ao meu trabalho. Mas era somente percepção mesmo. Nunca parei de ler tanto quanto li a vida toda, mesmo focando bastante em leituras baseadas em pesquisa para os meus roteiros. O terceiro objetivo, era puramente a diversão. E como me diverti esse ano. Escrever sobre o que li tornou a leitura ainda mais prazerosa, apesar da trabalheira que é parar a vida, sentar-se no computador e digitar estas parcas linhas. Em 2026 só quero ler e pronto!
Chegando agora ao final de 2025, chego também ao final do desafio. A minha última postagem foi em 31 de outubro, quando ficaram faltando apenas 10 obras para cumprir o desafio. Hoje é dia 16 de dezembro. Quer dizer que levei esse tempo todo para ler somente 10 obras? Claro que não! Terminei o desafio lá pelo dia 05 de novembro (ou menos, não lembro). Então por que só agora estou postando? Vida adulta, meus caros! Correria para deixar o trampo em dia para poder receber o meu filho nas férias e viajar para a CCXP25! E um pouco de preguiça para escrever tudo isso, confesso!
Agora, sem mais delongas, vamos ver como foram as últimas 10 leituras do desafio da pilha de 2025.

356 – SUPER-HOMEM # 0
Uma das coisas legais desse desafio, é que tomei vergonha na cara para finalmente completar algumas coleções. Super-Homem 2ª Série da Editora Abril Jovem é uma dessas. Com isso, pude começar a ler ou reler tudo em ordem de publicação. Começando do zero! Essa edição é bem bacana, com tudo de “clássico” dessa fase do personagem. Não tenho do que me queixar em termos de diversão. Duas tramas correm em paralelo nesse reinício do título. A primeira mostra um personagem misterioso do passado do Clark Kent mexendo os pauzinhos para tornar a vida dele um inferno. A segunda e mais urgente, apresenta um defunto do Superman, que coloca em xeque a identidade do Clark. Muito legal.

357 – SUPER-HOMEM # 01
Super-Homem enfrenta um vilão que foi um antigo amigo de Clark Kent, que terá desdobramentos mais pra frente, enquanto as consequências do surgimento do “Super-Defunto” vai deixando o clima cada vez mais paranoico. Diversão garantida.

358 – BATMAN: A CRIANÇA DOS SONHOS
Descobri por acaso que existia esse mangá do Batman. Não essa história, que eu já havia lido – e tentado enxergar os desenhos – em duas minisséries que a Mythos lançou em papel jornal. Lembro que adorei na época. Mas passei para frente com muito pesar, por justamente a impressão muito escura prejudicar bastante o traço magnífico do Kia Asamiya. Então, não lembro exatamente como, “descobri” que a Panini havia lançado essa versão completa em formato “mangá” (apesar da leitura “espelhada”) e com um papel melhor. Ou seja, me esbaldei no traço do Asamiya e no enredo amalucado que joga o Batman no Japão. Muito bacana!

359 – HOMEM-ARANHA: A SAGA DO CLONE VOL 09
O que dizer dessa pataquada que é a Saga do Clone que eu já não tenha dito nos oito volumes anteriores? Continua sendo um novelão mexicano com super-heróis, com enredos que não fazem o menor sentido, mas que são bem divertidos de passar o tempo. Por exemplo, o tal Judas Traveller me aparece com um futuro alternativo no qual o Homem-Aranha é responsável por um apocalipse e decide testar o Peter Parker para ver se consegue evitar o desastre. Coisa alguma com nada com nada divertido.

360 – HOMEM-ARANHA: A SAGA DO CLONE VOL 10
Chegamos no ápice da Sago do Clone. No momento ímpar da história das histórias em quadrinhos que esperamos por anos. Naquela situação que mudaria para sempre a vida do Escalador de Paredes. A revelação de que o Peter Parker não é o Peter Parker e o clone Ben Reilly não é o Bem Reilly e um é o outro, mas passaram a vida inteira pensando que o outro era o um! Se colocasse a Maria do Bairro no meio da trama, não seria tão boa novela mexicana como de fato o é!

361 – USAGI YOJIMBO VOL 05
Esse gibi é um deleite. Tanto no roteiro, quanto e principalmente, na arte. É tudo o que tenho para dizer!

362 – CONAN SAGA # 03
Já faz um tempinho que finalmente completei a coleção de Conan Saga. Faz um tempinho também que comecei a ler e reler as edições na ordem de publicação. Leio devagar, para não acabar logo. Neurótico, eu sei. Mesmo as histórias dessa coleção não chegando aos pés do que saiu na ESC, ainda assim, são muito superiores em relação ao que é produzido atualmente. Não falo isso por saudosismo. Os enredos e os desenhos, até os mais fracos, são muito mais consistentes do que os atuais. Principalmente nessa edição, que traz alguns dos elementos que mais gosto das aventuras do Conan dessa época, a exploração do cenário como parte da narrativa. Quando bem elaborada, nos transporta diretamente para dentro da aventura, como foi o caso das histórias contidas nessa edição.

363 – O PEQUENO PRÍNCIPE VOL 07: NO PLANETA DOS AMICOPES
Descobri essa coleção por acaso na última Bienal do Livro de Fortaleza e comprei, baratinho, os volumes 07 a 18 para usar como base de pesquisa de um projeto que estou desenvolvendo para o meu personagem Tobias. Eu já sabia pelos desenhos que ia gostar dos gibis. Ao pegar para ler esse volume, também gostei bastante da história. Não é algo que reinventa a pólvora, mas é uma diversão infantil que não subestima o público a que se destina. Bem o que pretendo fazer com o meu personagem.

364 – SHARAZ-DE: CONTOS DE AS MIL E UMA NOITES
Os desenhos de Sérgio Toppi são top! Piada velha, eu sei! De fato, os desenhos são coisa de outro mundo. No entanto, deixa eu cometer uma espécie de heresia. Não gostei tanto do enredo. Não é que eu não tenha gostado. Talvez seja somente esse gibi. Mas a sensação é de estar perdido o tempo todo nos acontecimentos. O que acontece, não exatamente está acontecendo, mesmo que sabendo que se trata de uma história na qual temos uma personagem contando histórias. Se fosse um pouco menos abstrato ou surreal, eu tivesse gostado mais.

365 – PETER PAN VOL 02
Fechando com chave de ouro, temos essa belíssima leitura do famoso menino que não queria crescer. Também peguei esse gibi em uma Bienal do Livro de Fortaleza, bem baratinho, juntamente com o volume 03. O problema é que jamais encontrei o volume 01 e passei um tempão esperando para ler. Até que enchi o saco e resolvi a partir do volume 02 mesmo. E não me arrependi, de tão boa que é a história e os desenhos. Depois daqui, devorei o volume 03, mas como o desafio acabou, não vou postar o que achei. Mas já dá para imaginar.
Até a próxima!