Demorei um mês para postar as leituras da semana… Mas foi por um bom motivo! Julho! Mês de férias! Filhote em casa! Os gibis evidentemente ficaram em segundo plano. Preferi curtir a vida adoidado ao lado do meu filhote, claro. Agora que ele já voltou para a casa da mãe, também voltei para os quadrinhos. Dei um gás na coleção “Marvel Apresenta”, que entrou numa fase “mutante”, digamos assim. A impressão que tive, foi a mesma de quando a Editora Abril Jovem resolveu adiantar a cronologia mutante e “desovou” um purrilhão de títulos X nas bancas! Pior mesmo foi quando as séries “Superaventuras Marvel” e “Grandes Heróis Marvel” se tornaram revistas X e passaram a publicar tudo o que não cabia nas outras séries. Ou seja, o mesmo que acontece aqui em Marvel Apresenta. Um monte de gibi de qualidade duvidosa que não tinha para onde ir e foi parar na Marvel Apresenta. Sem mais delongas, vamos ver o que li no período até 14 de agosto de 2025.
232 – MARVEL APRESENTA #27 – NOVOS X-MEN
Mais uma tentativa da Marvel de trazer de volta o conceito dos Novos Mutantes. Dessa vez, dentro do contexto da Dinastia M. O gibi é meio bucha de canhão, mas bem divertidinho de passar o tempo, principalmente por conta da arte.

233 – BADROCK E WOLVERINE
Continuando a minha saga de ler gibis ruins que não li na década de 1990, peguei essa pérola de crossover para ler. Para não dizer o contrário. É ruim? Claro que sim! Mas é tão ruim, tão ruim, que dá a volta e se torna divertido. E sabe do pior? É mais um enredo bacana desperdiçado por um roteiro malconduzido. Wolverine encarando dinossauros mutantes humanoides? Bem Tartarugas Ninja, não acham? Seria muito legal.

234 – HOMEM-ARANHA E GEN13
O roteirista Peter David e o desenhista Stuart Immonen conseguem a façanha de tirar leite de pedra desse crossover. Tudo bem que o grupo Gen13 é uma das melhores coisas que a Image produziu no seu início – pelo menos pra mim – no quesito construção de personagens. Por isso deve ter ficado um pouco menos difícil para o Peter David produzir esse especial. Gostei bastante.

235 – HOMEM-ARANHA E BADROCK
Voltamos para a bagaceira geral! O enredo sem pé, nem cabeça dá uma desculpa perfeita para o desenhista colocar no papel boa parte dos vilões clássicos do Escalador de Paredes. O problema é que a história começa de lugar nenhum e vai pra lugar algum, como costuma ocorrer nesses crossovers. Mas tudo bem! Só senta e se diverte com a bagaceira sem sentido! Pelo menos o cabra que desenha tenta emular o traço do Todd McFarlane, o que já ajuda bastante a chegar até o final da história.

236 – CHANGE KIDS # 01
Eis que tenho a alegria de completar mais uma coleção da época da minha infância. Faltava apenas a edição de número um! Quanto às histórias, é aquele estilão clássico de gibi infantil da década de 1990. Esta foi uma das minhas escolas para anos depois, produzir os meus roteiros para a Turma da Mônica. Bom demais conseguir fechar essa coleção.

237 – A SAGA DO WOLVERINE # 05
O ponto alto desse volume é, sem dúvida, a aventura tresloucada do Wolverine enfrentando o Mojo. Sempre acho que dá pra despirocar nas histórias envolvendo esse vilão. E, pelo visto, o Larry Hama pensa igual. Já o enredo da morte da Mariko… bem… Na época em que li esses gibis em formatinho, eu não tinha sacado qual era a intenção do Larry Hama. Agora relendo as histórias em sequência e sabendo todo o caminho daqui pra frente envolvendo as memórias do Logan, dá pra sacar que seria bem incongruente colocar o baixinho fervilhando de amor pela Raposa Prateada tendo o seu grande amor Mariko Yashida vivinha da silva bem ali, cruzando o mundo, no Japão. Agora penso que a solução de matar a Mariko não foi das mais felizes. Quando bem trabalhada, a Mariko sempre foi uma grande personagem. Ao contrário da Raposa Prateada, como veremos no volume 06.

238 – MARVEL APRESENTA # 28: GERAÇÃO M
Continuando com a desova dos títulos mutantes de segunda linha na revista Marvel Apresenta, temos aqui uma história de investigação até que bem legal. O problema, é que o final estraga todo o enredo, quando nos coloca uma solução estapafúrdia que conta com um plano mequetrefe para pegar o vilão, parecido com aqueles da novela das seis. Só faltou combinar antes com o vilão para que tudo desse tão certo quanto deu, né?

239 – MARVEL APRESENTA # 29: ESQUADRÃO SENTINELA
Rapaz, deve ter um contrato que obriga a Panini a desovar essas pérolas para os leitores. Só isso explica essa série derivada dos mutantes ser publicada em terras tupiniquins. Pra variar, a premissa até que é boa, uma equipe de soldados humanos controlando robôs Sentinelas. Se o roteirista tivesse levado para um caminho mais Gundam ou tokusatsu, já seria bem bacana. Ou uma espécie de Evangelion com Sentinelas! Já pensou? Potencial desperdiçado!

240 – MARVEL APRESENTA # 30: THUNDERBOLTS
Essa, sou suspeito pra falar! Porque sou muito fã dessa versão dos Thunderbolts criada pelo Kurt Busiek desde que li nos formatinhos da Editora Abril. Não importa se peguei o bonde andando nessa edição. O que importa é que o Fabian Nicieza conseguiu imprimir um clima de desconfiança bem parecido com o que o Busiek fazia. Tom Grummett também arrasa na arte, substituindo com louvor o Mark Bagley. Deu vontade de ler mais. Ainda bem que tem um Epic Collection do grupo por aí.

241 – MARVEL APRESENTA # 31: AS INCRÍVEIS AVENTURAS DE STAN LEE
Essa edição é uma pataquada completa! Bem o que eu imaginei que seria, claro! Isso quer dizer que gostei? Claro que sim! Excelsior!

242 – A SAGA DO SUPERMAN # 27
Sequência de histórias que mostram as consequências do surgimento de uma kryptonita vermelha que retira os poderes do Superman. O bacana desse período, é ver a consistência com que as equipes criativas conduziam as histórias, que eram entrelaçadas entre três títulos do azulão. Muito divertido!

243 – MARVEL APRESENTA # 32: 1602 – OS QUATRO DO FANTÁSTICKO
Mais uma sequência da minissérie “1602”, dessa vez conduzida pelo talentoso Peter David, que consegue deixar mais crível os acontecimentos e menos confusa a identificação dos personagens. Pena que a ótima sacada em relação aos poderes da Susan seja deixada de lado no final. Mesmo assim, é uma história bem divertida.

244 – MARVEL APRESENTA # 36: MASSACRE RENASCE
O grande vilão da Marvel está de volta e consegue produzir um estrago ainda maior do que no passado. Está achando que estou me referindo ao Massacre? Claro que não! Estou falando dele… Rob Liefeld! O enredo produzido pelo Jeph Loeb serve para mostrar todo o potencial artístico e narrativo do Liefeld! Ousa seja, é aquela coisa medonha! Adorei!

245 – A SAGA DO WOLVERINE # 06
Lembra o que eu falei sobre a relação amorosa do Logan com a Raposa Prateada? Larry Hama deve ter pensado que tornaria mais aceitável essa paixão entre os dois se matasse a Mariko Yashida. O que ele conseguiu, foi se desfazer de uma personagem boa para tentar favorecer outra que é bem mequetrefe. O pior é que o Wolverine passa esse volume inteiro rastejando pela Raposa Prateada, que só o rejeita. Isso já seria ruim de engolir em se tratando do Logan. A coisa se torna ainda mais ridícula porque o cara simplesmente acabou de perder o grande amor da sua vida. Que morreu pelas suas próprias garras! Que passou 24 horas chorando no seu túmulo. Como um cara desses iria, de uma hora pra hora, choramingar por uma outra mulher, mesmo que tenha sido o seu amor do passado? A fila andou. Só o Larry Hama é que não entendeu isso! Pelo menos temos a estreia dos ótimos desenhos do Mark Teixeira, depois de uns tapa-buracos medonhos depois da saída do Marc Silvestre! Agora que escrevi isso, é que caiu a ficha! São dois “Marques”, um com K e outro com C.

246 – ESQUADRÃO SUICIDA VOL. 03
Quer ver um cabra que sabe o que está fazendo? John Ostrander! Meu amigo, como são legais essas histórias do Esquadrão Suicida! A interação entre os personagens acaba sendo o que mais importa nas histórias. Não que a parte de ação seja ruim. Pelo contrário. É aquele filmão de ação dos anos 1980! Devorei esse volume em apenas um dia. Muito bom! Pena que a Panini não incluiu a minissérie do Pistoleiro que saiu em DC Especial 04 da Editora Abril Jovem. Aquilo é bom demais para não ver a luz do dia em formato americano.
