Muitos gibis do Batman, um clássico da Disney, as melhores do Cascão e um Tarzan perdido no meio da selva completam a marca de 200 leituras realizadas até aqui. Sem mais delongas, vamos ver como foi a semana até o dia 24 de junho de 2025.
195 – GRAPHIC DISNEY: …E O VENTO LEVOU

A minha leitura dessa obra é uma saga tanto quanto a história em que se baseia. Devo ter lido a primeira parte (de três) quando saiu originalmente em Tio Patinhas 237 pela Editora Abril em fevereiro de 1985, quando eu tinha por volta de 10-11 anos, lá no distante ano de 1990! Depois, consegui a segunda parte, que saiu no Almanaque Disney 165. No entanto, só vim conseguir comprar a conclusão, que saiu em Mickey 390, quando eu já tinha por volta de 42 anos! Trinta anos depois! Então você pode imaginar o quanto essa história é especial para mim. Fiquei muito feliz quando soube que finalmente ia sair em formato “Graphic”. Quanto à leitura, são só elogios! Uma divertida e caprichada sátira de uma saga muito bacana!
196 – MARVEL APRESENTA #22: X4

Devo confessar que torci um pouco o nariz para essa coleção na época do seu lançamento. Tanto que pouco depois do lançamento dessa edição, me desfiz de 90% das revistas, ficando na coleção somente as que traziam histórias com o Hulk. Lendo agora, devo confessar que estou me divertindo muito. Talvez o principal motivo seja que as histórias não são tão presas à cronologia, o que me atrai agora para a leitura e me distanciou antes. Acontece de tudo nesse encontro dos X-men com o Quarteto Fantástico, desde uma invasão da Ninhada, até à repetição do acidente com os raios cósmicos… dessa vez com os mutantes como vítimas! Tudo com uma pegada de “anime” (eu sei que anime é o desenho animado e quadrinhos são os mangás), bem parecida com aquelas duas séries animadas, dos X-men e do Wolverine, que foram lançadas há algum tempo.
197 – BATMAN #26

Quem já imaginou o Batman sendo largado no altar? É isso o que acontece nessa edição, ao contrário do que leva a crer a capa. A história é bem conduzida, mostrando cortes do ponto de vista do noivo Bruce Wayne e da noiva Selina Kyle. O problema é quando nos é insinuado que tudo faz parte de um grande plano do Bane! É um problema, porque o Tom King conduz a história com uma seriedade desnecessária, tentando imprimir uma pegada cinematográfica simplesmente… porque sim! Com isso, a trama perde aquele ar de gibi “gibi”, entende? E o leitor fica com uma certa dificuldade em aceitar um plano tão estapafúrdio estilo novela das seis, quando a gente se pergunta: “a vilã combinou isso com a mocinha, para que tudo o que ela planejou dê tão certo?”
198 – BATMAN #27

Está aqui uma das melhores edições dessa fase do Batman escrita pelo Tom King. Pelo menos até aqui. A narrativa fragmentada tão típica do roteirista faz sentido dentro da proposta da trama em mostrar um Batman cada vez mais fragmentado após o rompimento com a Mulher-Gato. A forma finalmente condiz com o conteúdo. Muito bacana!
199 – BATMAN #28

A conclusão do arco do Senhor Frio iniciado na edição passada fecha com chave de ouro essa história tão legal e tão bem construída.
200 – BATMAN #29

A minha 200ª leitura do ano poderia ter sido melhorzinha… mas o retorno do KGBesta no traço do generiquíssimo Tony Daniel é o que temos para hoje. Pelo menos a interação entre pai e filho do Batman e o Asa Noturna é muito bem trabalhada. A investigação que se segue é meio maçante, mas consegue criar uma expectativa para o que vem, mesmo que aponte para aquele “grande plano do Bane”. Ai, ai!
201 – BATMAN #30

O embate do Batman contra o KGBesta é brutal! Até esqueci momentaneamente que foi desenhado pelo Tony Daniel! Na segunda história da edição, a trama volta a se concentrar no “grande plano do Bane”, provando que o Batman não é o grande inteligente que ele pensa que é, já que todo o panteão dos seus vilões estão mexendo as cordinhas de marionete, sob a liderança do Bane, diretamente do… pasmem… Asilo Arkham. Ou o Batman não é inteligente o suficiente para perceber isso ou o Tom King acha os leitores burros o suficiente para engolir essa premissa. Mas vamos seguindo em frente, para ver até onde isso vai!
202 – BATMAN #31

Batman se alia ao Pinguim em uma investigação que vai de lugar algum, para lugar nenhum! Até entendo a premissa dessa longa fase do Tom King. É como se fosse uma releitura de “A Queda do Morcego”, na qual o Bane mexe os pauzinhos nos bastidores para torturar física e psicologicamente o Batman. Mas, diferente da saga noventista, em que os roteiristas sabiam que estavam escrevendo um gibi de super-heróis, o Tom King é muito pretensioso de achar que está escrevendo um grande thriller de investigação que inventa a roda e descobre a pólvora, sendo que, no final das contas, não passa de uma trama de vilão mequetrefe planejando derrotar o Batman… porque sim! O problema não é a trama em si, mas a maneira como é conduzida, com um ar de seriedade desnecessário, tentando ser muito mais complexa do que realmente é.
203 – BATMAN #32

Tom Taylor assume o roteiro dessa edição e nos brinda com uma excelente história do Dia dos Pais que mostra de forma bem interessante e fraterna a relação entre o Alfred e o Bruce Wayne. Muito bacana!
204 – TARZAN, O SENHOR DAS SELVAS

A finura dessa edição engana em um primeiro momento. Mas basta começar a ler, que logo vemos a densidade dessa nova versão da origem do Tarzan, mostrada de forma brutal em uma quantidade absurda de quadros por página. Gostei demais. Sou cada vez mais fã desse personagem.
205 – VERTICO CRIME: A RICA INDECENTE

Essa é uma coleção bem bacaninha, que cabe na bolsa, dá para ler em qualquer lugar e traz histórias bem “decentes” de crime! Brian Azzarello faz um arroz com feijão bem competente, que vai nos prendendo do início ao fim da trama. Enquanto o traço do Victor Santos lembra muito uma mistura de Frank “Sin City” Miller com Scott McDaniel, mas com algumas deficiências anatômicas que chegam a comprometer um pouco o desenrolar da trama, uma vez que em vários momentos fica difícil identificar quem é quem entre os personagens.
206 – VERTIGO CRIME: O EXECUTOR

Essa edição traz uma narrativa que gosto muito e que é bem difícil de produzir. O protagonista já chega com uma carga pregressa de passado e vamos descobrindo os detalhes à medida em que a história avança, sendo que esses detalhes influenciam no andamento da trama. Digo que é difícil, porque o roteirista já precisa saber de todo o passado do personagem para poder tecer a teia de aranha da trama.
207 – AS MELHORES HISTÓRIAS DA TURMA VOL 04: CASCÃO

Já falei que adoro essas coletâneas com as melhores histórias da turminha? Então… Eu adoro! Principalmente agora que conheço as pessoas por trás das histórias. O que torna ainda melhores, pela oportunidade que eu tenho de ver os meus colegas de “firma” brilhando! Bom demais! Pena que já está acabando. Essa coleção é composta por “apenas” seis volumes.