É inegável o meu amor pelos personagens criados por meu mestre Mauricio de Sousa! Não é à toa que trabalho escrevendo roteiros para a turminha (e, desde o ano passado, também para a Turma Jovem). Sendo assim, não tenho como evitar me emocionar ao pisar no cinema para vê-los novamente em ação! E se for em um ótimo filme, então, tudo fica melhor ainda!
Lições, a meu ver, consegue ser ainda melhor que Laços, no sentido em que consegue ampliar o Bairro do Limoeiro sem, no entanto, inflar o filme para seguir a velha fórmula das sequências: tudo maior! Diferente do primeiro, em que o protagonismo era todo do Cebolinha, este consegue equilibrar melhor o quarteto, com cada um tendo os seus próprios problemas para lidar! A inclusão de outros personagens da Turma da Mônica, mesmo que a maioria seja como easter eggs ou “fanservices”, consegue dar um gás a mais no enredo, já que as principais novas aquisições estão ali para contribuir com o andamento da trama. E claro que dá vontade de vê-los novamente!
Esta sequência também consegue acertar um problema técnico do anterior: o som! Os diálogos de Laços estavam sempre muito abafados, difíceis de ouvir e, em consequência, de entender! Pareciam deslocados dos demais sons (ambiente, trilha…). Em Lições, esse problema é corrigido e conseguimos escutar direitinho o que todos estão falando!
Como ponto negativo, vejo que algumas questões do desenvolvimento pessoal do quarteto poderiam ter sido melhor aprofundadas! Mas entendo que o que foi mostrado é suficiente para fazer o público-alvo entender exatamente a mensagem que o filme queria passar! Meu filho entendeu direitinho, ao dizer no caminho de volta pra casa: “Pai, é que nem você, que cresceu sem deixar de ser criança”! Missão cumprida!
Como eu já disse, amo esses personagens! Foi muito emocionante vê-los novamente em carne e osso! Chorei bastante, ri bastante, senti uma sensação muito boa… o bastante! E, no final, bateu uma vontade tremenda de ver o filme novamente! Assim como dá uma vontade reler um gibi!