Desenhando no Bistecão Ilustrado

No finalzinho de outubro de 2013 estive em São Paulo para participar da Pixel Show. Aproveitando a ocasião, dei um pulo no Bistecão Ilustrado para conhecer gente bacana, trocar ideias, tomar uns gorós, comer uns petiscos e desenhar. Desenhar bastante!

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Angelina ilustrada

Se tem duas coisas de que gosto muito, estas são desenhar e a Angelina Jolie! Assim, sempre que posso dou um jeitinho de ilustrar a minha musa. Na disciplina de Desenho Vetorial com Illustrator que ministro no Centro Universitário Estácio do Ceará, geralmente utilizo a Angelina como modelo na demonstração nas aulas de retrato. Confira:

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Bill Sienkiewicz e a experimentação em revista de linha

Em termos de histórias em quadrinhos, sempre gostei de ler de tudo um pouco. Nunca tive essa “frescura” de escolher lado, por exemplo, como marvete ou dcnauta. Na minha adolescência, entretanto, as coisas eram ligeiramente diferentes de hoje. O acesso aos quadrinhos era mais fácil devido aos formatinhos estarem disponíveis em qualquer banca de esquina. Por outro lado, o acesso à informação era difícil. Não havia internet, afinal de contas! A grana também era um pouco escassa para colecionar tudo (pré-adolescente liso!). Então, a única saída era escolher um personagem e seguir em frente, pegando revistas usadas em trocas com amigos do bairro. Assim, a principal revista que eu colecionava era a do Hulk. Afinal, foi com o Gigante Esmeralda que descobri os quadrinhos de super-heróis. E foi na revista do Hulk que descobri os Novos Mutantes. À princípio achei aqueles desenhos um pouco feios e sujos. Não me agradou muito! Mas dei uma chance mesmo assim. E gostei! Passei a devorar as histórias escritas pelo Chris Claremont e desenhadas por um tal Bill “sobrenome impronunciável”! Até hoje acho impressionante o nível de experimentação que o Sienkiewicz utilizou naquelas páginas, principalmente em se tratando de uma série mensal. E as capas? Soberbas! Claro que, depois de ficar viciado naqueles desenhos, fui atrás de tudo quanto era história dele e descobri a Elektra Assassina. Mas essa fica pra próxima!

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As Tartarugas Ninja e o seu traço underground bacanudo!

Quando criança, eu era fascinado pelo desenho animado das Tartarugas Ninja que passava nas manhãs de segunda à sexta na TV. Não perdia um episódio sequer! Daí, surgiu o primeiro longa metragem, mas que não consegui assistir porque cinema era artigo de luxo na época. Para o meu contento, tive acesso a uma revista poster da Nova Sampa que trazia detalhes e fotos do filme. Mas o que me deixou ainda mais fascinado pelos personagens, foi quando deparei-me com alguns desenhos de estilo diferente que vinha “dentro” do poster. Era um traço cheio de hachuras, com as Tartarugas menos “fofinhas” e mais sombrias. Nem olhos elas tinham! E a armadura do Destruidor? O que era aquilo? Fiquei louco para ler aquele gibi! Tanto que passei a desenhar as Tartarugas tentando emular aqueles traços. Mas… aquele gibi era artigo de luxo também! Só havia exemplares importados, creio eu. Logo em seguida apareceu uma revista nacional, só que não era com aquele traço do poster, mas uma reprodução do design da animação. Mesmo assim dei um jeito e consegui a primeira edição. Anos depois vim descobrir que aqueles desenhos do poster eram dos seus criadores, Kevin Eastman e Peter Laird. E o traço underground dos dois me fascina até hoje!

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Passo-a-passo: ilustração para o livro Mônica(s)

Em 2013 tive a honra de ser convidado pelo grande Sidney Gusman a participar das comemorações pelo cinquentenário de criação da Mônica com uma ilustração para o livro de artes “Mônica(s)”, que contaria com mais outros 149 artistas, cada um retratando a dentucinha com o seu próprio estilo. Primeiramente, pensei em ilustrar algum momento marcante da carreira da personagem ao longo desses 50 anos. Constatando que seria uma escolha bem difícil, acabei tendo uma outra ideia bem melhor. Ao invés de retratar um momento da Mônica, resolvi colocar no papel a minha primeira memória de infância com a personagem, o que me marcou. Assim, surgiu a ilustração “Estrelinha Mágica”, toda feita com colagem de tecidos e massinha de modelar. Abaixo, um pequeno passo-a-passo do processo de criação. O resultado final, você confere no livro Mônica(s).

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O poder do sketchbook

Não é de hoje que artistas, desenhistas, ilustradores, designers e afins utilizam o caderno de rascunhos para registrar suas ideias. E não é novidade também que uma obra não nasce pronta, mas passa por todo um processo de criação. Atualmente os famigerados cadernos estão cada vez mais populares e com nomes pomposos como sketchbook e moleskine (apesar desse último ser uma marca, creio eu). Pelo sim ou pelo não, o importante mesmo é rabiscar, seja num caprichado caderno industrializado, em um diário gráfico costurado à mão ou simplesmente em bloquinhos de anotação de seminários, guardanapos ou punhados de papel encadernados em espiral. Abaixo, duas imagens que estarão no livro “Rabiscos 2: O processo criativo”, que trará justamente esses “garranchos” do dia-a-dia, seja para trabalhos comerciais ou feitos pelo puro prazer de rabiscar.

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Mais e mais rabiscos!

A preparação das imagens que comporão o próximo livro da série “Rabiscos” continua a todo vapor. Até agora já escaneei rascunhos de quatro cadernos. Faltam muitos ainda!! Mas só pra mostrar como aqui não tem essa de só rabiscar em moleskines da vida, o que cair na rede, é peixe (ou sketchbook). Sobrou até pra um bloco de anotações de uma grande indústria têxtil. O primeiro livro “Rabiscos” pode ser lido aqui.

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