LEITURAS DA SEMANA: UM MÊS DEPOIS…

Demorei um mês para postar as leituras da semana… Mas foi por um bom motivo! Julho! Mês de férias! Filhote em casa! Os gibis evidentemente ficaram em segundo plano. Preferi curtir a vida adoidado ao lado do meu filhote, claro. Agora que ele já voltou para a casa da mãe, também voltei para os quadrinhos. Dei um gás na coleção “Marvel Apresenta”, que entrou numa fase “mutante”, digamos assim. A impressão que tive, foi a mesma de quando a Editora Abril Jovem resolveu adiantar a cronologia mutante e “desovou” um purrilhão de títulos X nas bancas! Pior mesmo foi quando as séries “Superaventuras Marvel” e “Grandes Heróis Marvel” se tornaram revistas X e passaram a publicar tudo o que não cabia nas outras séries. Ou seja, o mesmo que acontece aqui em Marvel Apresenta. Um monte de gibi de qualidade duvidosa que não tinha para onde ir e foi parar na Marvel Apresenta. Sem mais delongas, vamos ver o que li no período até 14 de agosto de 2025.

232 – MARVEL APRESENTA #27 – NOVOS X-MEN

Mais uma tentativa da Marvel de trazer de volta o conceito dos Novos Mutantes. Dessa vez, dentro do contexto da Dinastia M. O gibi é meio bucha de canhão, mas bem divertidinho de passar o tempo, principalmente por conta da arte.   

233 – BADROCK E WOLVERINE

Continuando a minha saga de ler gibis ruins que não li na década de 1990, peguei essa pérola de crossover para ler. Para não dizer o contrário. É ruim? Claro que sim! Mas é tão ruim, tão ruim, que dá a volta e se torna divertido. E sabe do pior? É mais um enredo bacana desperdiçado por um roteiro malconduzido. Wolverine encarando dinossauros mutantes humanoides? Bem Tartarugas Ninja, não acham? Seria muito legal.

234 – HOMEM-ARANHA E GEN13

O roteirista Peter David e o desenhista Stuart Immonen conseguem a façanha de tirar leite de pedra desse crossover. Tudo bem que o grupo Gen13 é uma das melhores coisas que a Image produziu no seu início – pelo menos pra mim – no quesito construção de personagens. Por isso deve ter ficado um pouco menos difícil para o Peter David produzir esse especial. Gostei bastante.

235 – HOMEM-ARANHA E BADROCK

Voltamos para a bagaceira geral! O enredo sem pé, nem cabeça dá uma desculpa perfeita para o desenhista colocar no papel boa parte dos vilões clássicos do Escalador de Paredes. O problema é que a história começa de lugar nenhum e vai pra lugar algum, como costuma ocorrer nesses crossovers. Mas tudo bem! Só senta e se diverte com a bagaceira sem sentido! Pelo menos o cabra que desenha tenta emular o traço do Todd McFarlane, o que já ajuda bastante a chegar até o final da história.

236 – CHANGE KIDS # 01

Eis que tenho a alegria de completar mais uma coleção da época da minha infância. Faltava apenas a edição de número um! Quanto às histórias, é aquele estilão clássico de gibi infantil da década de 1990. Esta foi uma das minhas escolas para anos depois, produzir os meus roteiros para a Turma da Mônica. Bom demais conseguir fechar essa coleção.

237 – A SAGA DO WOLVERINE # 05

O ponto alto desse volume é, sem dúvida, a aventura tresloucada do Wolverine enfrentando o Mojo. Sempre acho que dá pra despirocar nas histórias envolvendo esse vilão. E, pelo visto, o Larry Hama pensa igual. Já o enredo da morte da Mariko… bem… Na época em que li esses gibis em formatinho, eu não tinha sacado qual era a intenção do Larry Hama. Agora relendo as histórias em sequência e sabendo todo o caminho daqui pra frente envolvendo as memórias do Logan, dá pra sacar que seria bem incongruente colocar o baixinho fervilhando de amor pela Raposa Prateada tendo o seu grande amor Mariko Yashida vivinha da silva bem ali, cruzando o mundo, no Japão. Agora penso que a solução de matar a Mariko não foi das mais felizes. Quando bem trabalhada, a Mariko sempre foi uma grande personagem. Ao contrário da Raposa Prateada, como veremos no volume 06.

238 – MARVEL APRESENTA # 28: GERAÇÃO M

Continuando com a desova dos títulos mutantes de segunda linha na revista Marvel Apresenta, temos aqui uma história de investigação até que bem legal. O problema, é que o final estraga todo o enredo, quando nos coloca uma solução estapafúrdia que conta com um plano mequetrefe para pegar o vilão, parecido com aqueles da novela das seis. Só faltou combinar antes com o vilão para que tudo desse tão certo quanto deu, né?

239 – MARVEL APRESENTA # 29: ESQUADRÃO SENTINELA

Rapaz, deve ter um contrato que obriga a Panini a desovar essas pérolas para os leitores. Só isso explica essa série derivada dos mutantes ser publicada em terras tupiniquins. Pra variar, a premissa até que é boa, uma equipe de soldados humanos controlando robôs Sentinelas. Se o roteirista tivesse levado para um caminho mais Gundam ou tokusatsu, já seria bem bacana. Ou uma espécie de Evangelion com Sentinelas! Já pensou? Potencial desperdiçado!

240 – MARVEL APRESENTA # 30: THUNDERBOLTS

Essa, sou suspeito pra falar! Porque sou muito fã dessa versão dos Thunderbolts criada pelo Kurt Busiek desde que li nos formatinhos da Editora Abril. Não importa se peguei o bonde andando nessa edição. O que importa é que o Fabian Nicieza conseguiu imprimir um clima de desconfiança bem parecido com o que o Busiek fazia. Tom Grummett também arrasa na arte, substituindo com louvor o Mark Bagley. Deu vontade de ler mais. Ainda bem que tem um Epic Collection do grupo por aí.

241 – MARVEL APRESENTA # 31: AS INCRÍVEIS AVENTURAS DE STAN LEE

Essa edição é uma pataquada completa! Bem o que eu imaginei que seria, claro! Isso quer dizer que gostei? Claro que sim! Excelsior!

242 – A SAGA DO SUPERMAN # 27

Sequência de histórias que mostram as consequências do surgimento de uma kryptonita vermelha que retira os poderes do Superman. O bacana desse período, é ver a consistência com que as equipes criativas conduziam as histórias, que eram entrelaçadas entre três títulos do azulão. Muito divertido!

243 – MARVEL APRESENTA # 32: 1602 – OS QUATRO DO FANTÁSTICKO

Mais uma sequência da minissérie “1602”, dessa vez conduzida pelo talentoso Peter David, que consegue deixar mais crível os acontecimentos e menos confusa a identificação dos personagens. Pena que a ótima sacada em relação aos poderes da Susan seja deixada de lado no final. Mesmo assim, é uma história bem divertida.

244 – MARVEL APRESENTA # 36: MASSACRE RENASCE

O grande vilão da Marvel está de volta e consegue produzir um estrago ainda maior do que no passado. Está achando que estou me referindo ao Massacre? Claro que não! Estou falando dele… Rob Liefeld! O enredo produzido pelo Jeph Loeb serve para mostrar todo o potencial artístico e narrativo do Liefeld! Ousa seja, é aquela coisa medonha! Adorei!

245 – A SAGA DO WOLVERINE # 06

Lembra o que eu falei sobre a relação amorosa do Logan com a Raposa Prateada? Larry Hama deve ter pensado que tornaria mais aceitável essa paixão entre os dois se matasse a Mariko Yashida. O que ele conseguiu, foi se desfazer de uma personagem boa para tentar favorecer outra que é bem mequetrefe. O pior é que o Wolverine passa esse volume inteiro rastejando pela Raposa Prateada, que só o rejeita. Isso já seria ruim de engolir em se tratando do Logan. A coisa se torna ainda mais ridícula porque o cara simplesmente acabou de perder o grande amor da sua vida. Que morreu pelas suas próprias garras! Que passou 24 horas chorando no seu túmulo. Como um cara desses iria, de uma hora pra hora, choramingar por uma outra mulher, mesmo que tenha sido o seu amor do passado? A fila andou. Só o Larry Hama é que não entendeu isso! Pelo menos temos a estreia dos ótimos desenhos do Mark Teixeira, depois de uns tapa-buracos medonhos depois da saída do Marc Silvestre! Agora que escrevi isso, é que caiu a ficha! São dois “Marques”, um com K e outro com C.

246 – ESQUADRÃO SUICIDA VOL. 03

Quer ver um cabra que sabe o que está fazendo? John Ostrander! Meu amigo, como são legais essas histórias do Esquadrão Suicida! A interação entre os personagens acaba sendo o que mais importa nas histórias. Não que a parte de ação seja ruim. Pelo contrário. É aquele filmão de ação dos anos 1980! Devorei esse volume em apenas um dia. Muito bom! Pena que a Panini não incluiu a minissérie do Pistoleiro que saiu em DC Especial 04 da Editora Abril Jovem. Aquilo é bom demais para não ver a luz do dia em formato americano.

LEITURAS DA SEMANA: UMA ENXURRADA DE GIBIS ACUMULADOS

Os últimos dez dias foram uma correria danada. Tive a grande notícia de ter sido selecionado dentre os 45 artistas para participar do projeto “Caravana do Silvinho” e, por isso, precisei viajar para São Paulo para pintar a escultura “Silvio Forrozeiro” em homenagem ao nosso grande mestre comunicador da TV brasileira. Tudo isso em meio a fechamento de roteiro e aprovação de sinopse. Daí você já viu! Li bastante coisa entre uma coisa e outra! Mas cadê tempo (e disposição) para sentar no computador e listar as leituras da semana? Então, sem mais delongas, vamos aos comentários das obras lidas no período até 12 de julho de 2025.

208 – BATMAN #33

Aprendi com o meu mestre e querido chefe Mauricio de Sousa, que histórias que se passam em sonhos ou pesadelos são um pouco perigosas de se criar, principalmente quando termina em “e tudo não passou de um sonho”, pois não altera em nada a vida do personagem e nem avançam a trama para lugar nenhum. Mesmo assim, embarquei nessa viagem onírica proposta pelo Tom King e gostei bastante. Não me preocupei muito em saber aonde o roteirista queria chegar ou como o Batman ficou “preso” em seu próprio subconsciente, apenas curti a doideira que esse tipo de história promete, principalmente na primeira metade do gibi, com os desenhos alucinógenos de Mitch Gerads.  

209 – BATMAN #34

A mente do Batman vai criando mais e mais mecanismos para lidar com o seu próprio subconsciente. Sabe quando estamos em um sonho ruim e, no próprio sonho, ficamos tentando nos convencer que é apenas um sonho? Pois é! É esse gibi! Chega a dar uma angústia, principalmente para quem já teve a terrível experiência de paralisia do sono, quando você fica tentando acordar e não consegue. O gibi, nesse momento, segue muito bacana de se ler.

210 – BATMAN #35

O arco do pesadelo faz um pequeno parêntese e mostra a divertida despedida de solteiro de Bruce Wayne e Selina Kyle. Ao final da história, temos um deslumbre do que está acontecendo com o Batman na “vida real”. Na segunda parte do gibi, tem uma coisa pra lá de esquisita: o Bane peladão treinando luta corporal com o Thomas Wayne de outra realidade. Bizarro, para dizer o mínimo!

211 – MARVEL APRESENTA #23: 4

O que essa série tinha de legal e instigante, era ver o Quarteto Fantástico desempregado tendo que lidar com as questões mundanas que a falta de verba proporciona. No entanto, o roteirista inventou de tentar contar histórias mais usuais do Quarteto Fantástico e falhou miseravelmente, com enredos insossos e sem graça! Pra completar, o desenhista Steve Mcniven saiu do gibi e os substitutos tentam a todo custo emular o traço dele, mas só conseguem causar estranheza mesmo. Uma pena. Era uma ideia muito legal ver os Desempregados Fantásticos!

212 – MARVEL APRESENTA #24: HULK E COISA

Confesso que não sou muito bom da escrita do Bruce Jones, mas essa história até que é bem legal, apesar dessa capa pra lá de esquisita! Peter David já tinha feito algo parecido lá atrás, durante a saga “Contegam Regressiva”, na qual o Hulk Cinza estava morrendo envenenado e foi pedir ajuda do Reed Richards. Acabou em quebra-pau com o Quarteto Fantástico, claro. Mas no finalzinho, Hulk e Bem Grimm tiveram um bate-papo bem legal em um bar, no estilo lavagem de roupa suja. Esse Marvel Apresenta é uma espécie de “versão extendida” daquela DR entre os dois personagens. Igualmente divertida! É difícil errar em uma história com o Hulk e o Coisa. E a arte belíssima do Jae Lee só torna tudo ainda mais legal.

213 – BATMAN EXTRA #13

Essa história começa de forma modorrenta. Mas depois que ingrena, vai para um caminho de mistério egipcio muito bacana. Gostei muito.

214 – BATMAN EXTRA #14

“Espantalho: Ano Um” é só força de expressão, já que a história se passa, no máximo, em uma semana ou menos. Pelo menos os fatos mostrados no presente. Se contar os flashbacks, aí sim dá mais de um ano, uma vez que mostra fatos desde o nascimento de Jonatham Crane. Mesmo assim, não é lá uma grande história. Também pudera! É escrita por Bruce Jones. O que torna divertido, são os desenhos do Sean Murphy, provavelmente em início de carreira, com um traço que remete muito a desenho animado. Mas não posso ser inteiramente injusto com o Bruce Jones. Apesar da história do Espantalho ser arrastada e chata, o roteirista consegue criar uma dinâmica muito legal entre o Batman e o Robin (Dick Grayson).

215 – BATMAN EXTRA #15

Na última edição da coleção, temos uma história escrita e desenhada pelo Sam Kieth. Pronto! Você não precisa saber de mais nada! Kieth só precisa de um fiapo de trama para endoidar no seu traço louco de que sou tão fã. E com o Lobo fazendo parceria com o Batman, então, só melhora tudo! Sou doido para ler o The Maxx do Sam Kieth. Quem sabe um dia…

216 – GUERRAS SECRETAS #08

Começa a derrocada do Doutor Destino, sendo atacado por todos os lados. Como já era de se esperar, o enredo é conduzido da maneira menos crível possível, que é o problema desse tipo de saga. Destino é onipotente. Bastava estalar os dedos e todos os seus inimigos seriam imediatamente vaporizados. No entanto, todo o final da saga leva para um combate físico que não faz sentido e tampouco empolga.

217 – GUERRAS SECRETAS #09

E tudo é decidido em um combate físico entre Doutor Destino e Reed Richards no qual o vencedor é aquele que tem a maior força de vontade. Pelo menos foi o que eu entendi! O megalomaníaco Jonathan Hickman não se dá ao trabalho de explicar os mecanismos de poder do Doutor Destino e como ele consegue a façanha de ser derrotado pelo Senhor Fantástico, quando bastava estalar os dedos e dar um sumiço no seu rival. Vai ver o próprio Hickman não sabia muito bem como explicar a derrota de um ser tão poderoso e deu uma de doido! Daí, a saga ficou com esse final insosso e sem graça!

218 – GUERRAS SECRETAS: HOMEM-ARANHA #04

Esse é o incrível caso de que os tie-ins são melhores do que a saga principal. Essa edição revisita o universo 2099, que sempre me faz pensar “Esse povo não tem reveillon? Quando passarão a virada para o ano 2100?” Brincadeiras à parte, Peter David retorna ao universo que ajudou a criar e nos mostra a situação “atual” de Miguel O’hara, bem como a inclusão de uma equipe privada dos Vingadores e outra “sem fins lucrativos” dos Defensores! O embate entre as duas é inevitável. Diversão garantida!

219 E 220 – CABLE: SANGUE E METAL #01 E 02

Estou numas de ler e reler gibis ruins da década de 1990! Essa, por exemplo, comprei agora quando fui ao Anime Friends em minha viagem à São Paulo e li no hotel. E vou te dizer… gostei de ler mais agora do que quando li na época do seu lançamento. A trama é bem rasa e mostra dois períodos temporais, o passado e o presente, que se conectam para revelar mais sobre quem é o homem chamado Cable. O Romitinha destrói nos desenhos, passando a impressão de que ele estava se divertindo com cada tracinho que colocou nas páginas. Embarquei nessa diversão junto com ele. Na conclusão da minissérie, temos o embate entre o Cable e o Conflyto. Não lembro se foi nessa edição que “finalmente” ficamos sabendo que o Conflyto tinha a mesma fuça que o Cable. De qualquer forma, isso pouco importa! O que importa mesmo, é ver o Romitinha endoidando nos desenhos, com um show de arte!

221 – YOUNGBLOOD E X-FORCE

Por falar em gibi ruim da década de 1990, temos este crossover aqui, que se salva pelos desenhos do Roger Cruz. São muitos personagens para poucas páginas! E tudo ficou ainda pior, pelo menos pra mim, porque não faço ideia de quem é quem dos Youngblood! No entanto, está aqui um enredo desperdiçado! Poderia ser retratado atualmente, mas com mais edições, que ficaria bem legal! O mote é que os heróis são “contratados” para viver personagens em filmes e séries no Mundo do Mojo. Fica uma confusão sobre o que é real e o que é interpretação. É justamente essa premissa que merecia ser melhor aprofundada, tudo pela visualização, a vida que virou um reality show, o engajamento, e por aí vai.

222 – X-FORCE E YOUNGBLOOD

No segundo encontro das duas equipes, temos uma espécie de revanche do vilão Mojo. Os problemas permanecem, com um monte de personagens dos Youngblood que eu não faço ideia de quem sejam, divididos em diferentes núcleos que não levam a lugar nenhum. Dessa vez, a confusão fica ainda maior com sete… eu disse SETE desenhistas fazendo essa edição!

223 – LIGA DA JUSTIÇA, O DESENHO DA TV #07

Os quadrinhos inspirados nos desenhos animados da DC Comics da década de 1990 geralmente são muito bons. Entretanto, essa edição da publicação brasileira teve uma trágica diminuição de páginas em decorrência da redução no preço. O resultado é que a revista perdeu as histórias do Batman e do Superman. E a história da Liga da Justiça selecionada para esta edição é uma das mais fracas e bobinhas. Pelo menos falta somente mais uma para eu completar a coleção.

224 à 226 – GEN 13 MANGÁ, GRUNGE: O FILME # 01 à 03

Olhando de longe, essa minissérie do Gen 13 parece somente mais um gibi apelativo com garotas gostosas seminuas para atiçar a libido da pivetada. Olhando de perto, é exatamente isso! Mas também vai além! Adam Warren escreve um roteiro que zoa com todos (ou praticamente todos) os estereótipos dos filmes de ação. Arrisco a dizer, que depois da leitura, nunca mais dá para assistir a um filme de ação com os mesmos olhos de antes. Adam Warren utiliza o seu roteiro para estraçalhar na arte. Que arte linda! Claramente o roteirista/desenhista é um grande fã do gênero de ação. Mais até do que eu, já que tem uma enxurrada de referências que eu não pesquei! Muito bacana!

227 e 228 – LIGA DA JUSTIÇA: BATISMO NEGRO # 01 E 02

Essa minissérie saiu nos últimos sopros de vida da DC Comics na Editora Abril Jovem. Nunca me interessei em comprá-la. Até agora! E vou te dizer que gostei bastante da história. Geralmente enredos que envolvam o lado místico da DC me atraem. Arrisco a dizer que os protagonistas dessa minissérie são o filho do Felix Fausto e o Demônio Azul, que aprendi a gostar quando li outra minissérie, A Vingança do Submundo.

229 – GUERRAS SECRETAS: OS VINGADORES #04

Lembra que eu falei que os tie-ins de Guerras Secretas chegam a ser mais divertidos do que a minissérie principal? Então… há exceção! E essa exceção se chama “Salve a Hidra”! A hq tem como protagonista um filho do Arnim Zola de que ninguém se importa (eu não me importo!), que foi criado por um Steve Rogers de outra realidade e, agora, foi parar em outro mundo que é dominado pelo Zola e precisa se aliar à filha do Steve Rogers desse mundo para ver se consegue libertar o povo e… Foi uma leitura bem arrastada! Acredite!

230 – MARVEL APRESENTA #25 – 1602 NOVO MUNDO

Por falar em leitura arrastada, eis mais um exemplo. Na época do seu lançamento, não reparei que a capa era do Sergio Toppi. Faltava um pouco mais de bagagem, acredito eu. Vendo hoje, é uma pena que o miolo do gibi não traga as outras quatro capas da minissérie, também de Toppi. Quando à história, vale pelo belo traço do brasileiro Greg Tocchini. Já o roteiro do Greg Pak, passa a sensação de estar o tempo todo correndo atrás do próprio rabo, que vai de lugar nenhum para lugar algum, da maneira mais lenta possível. A quantidade de personagens novos também não ajuda muito, já que é bem fácil confundir quem é quem na fila do pão!

231 – MARVEL APRESENTA #26 – DEFENSORES

Devo confessar que já achei esse gibi mais divertido. Hoje, parece mais um filme típico da Marvel, mais preocupado em enfiar uma enxurrada de piadas forçadas e fora de contexto, ao invés de seguir adiante com a ação. Para você ter uma ideia, chega um momento em que o Dormammu vai confrontar o Eternidade. Na edição seguinte, a entidade cósmica simplesmente aparece derrotada, com o vilão Dormammu fazendo piadas! Cadê a ação? Como o Eternidade foi derrotado? Enfim…  

LEITURAS DA SEMANA: ALCANÇANDO A MARCA DE 200 LEITURAS

Muitos gibis do Batman, um clássico da Disney, as melhores do Cascão e um Tarzan perdido no meio da selva completam a marca de 200 leituras realizadas até aqui. Sem mais delongas, vamos ver como foi a semana até o dia 24 de junho de 2025.

195 – GRAPHIC DISNEY: …E O VENTO LEVOU

A minha leitura dessa obra é uma saga tanto quanto a história em que se baseia. Devo ter lido a primeira parte (de três) quando saiu originalmente em Tio Patinhas 237 pela Editora Abril em fevereiro de 1985, quando eu tinha por volta de 10-11 anos, lá no distante ano de 1990! Depois, consegui a segunda parte, que saiu no Almanaque Disney 165. No entanto, só vim conseguir comprar a conclusão, que saiu em Mickey 390, quando eu já tinha por volta de 42 anos! Trinta anos depois! Então você pode imaginar o quanto essa história é especial para mim. Fiquei muito feliz quando soube que finalmente ia sair em formato “Graphic”. Quanto à leitura, são só elogios! Uma divertida e caprichada sátira de uma saga muito bacana!

196 – MARVEL APRESENTA #22: X4

Devo confessar que torci um pouco o nariz para essa coleção na época do seu lançamento. Tanto que pouco depois do lançamento dessa edição, me desfiz de 90% das revistas, ficando na coleção somente as que traziam histórias com o Hulk. Lendo agora, devo confessar que estou me divertindo muito. Talvez o principal motivo seja que as histórias não são tão presas à cronologia, o que me atrai agora para a leitura e me distanciou antes. Acontece de tudo nesse encontro dos X-men com o Quarteto Fantástico, desde uma invasão da Ninhada, até à repetição do acidente com os raios cósmicos… dessa vez com os mutantes como vítimas! Tudo com uma pegada de “anime” (eu sei que anime é o desenho animado e quadrinhos são os mangás), bem parecida com aquelas duas séries animadas, dos X-men e do Wolverine, que foram lançadas há algum tempo.

197 – BATMAN #26

Quem já imaginou o Batman sendo largado no altar? É isso o que acontece nessa edição, ao contrário do que leva a crer a capa. A história é bem conduzida, mostrando cortes do ponto de vista do noivo Bruce Wayne e da noiva Selina Kyle. O problema é quando nos é insinuado que tudo faz parte de um grande plano do Bane! É um problema, porque o Tom King conduz a história com uma seriedade desnecessária, tentando imprimir uma pegada cinematográfica simplesmente… porque sim! Com isso, a trama perde aquele ar de gibi “gibi”, entende? E o leitor fica com uma certa dificuldade em aceitar um plano tão estapafúrdio estilo novela das seis, quando a gente se pergunta: “a vilã combinou isso com a mocinha, para que tudo o que ela planejou dê tão certo?”

198 – BATMAN #27

Está aqui uma das melhores edições dessa fase do Batman escrita pelo Tom King. Pelo menos até aqui. A narrativa fragmentada tão típica do roteirista faz sentido dentro da proposta da trama em mostrar um Batman cada vez mais fragmentado após o rompimento com a Mulher-Gato. A forma finalmente condiz com o conteúdo. Muito bacana!

199 – BATMAN #28

A conclusão do arco do Senhor Frio iniciado na edição passada fecha com chave de ouro essa história tão legal e tão bem construída.

200 – BATMAN #29

A minha 200ª leitura do ano poderia ter sido melhorzinha… mas o retorno do KGBesta no traço do generiquíssimo Tony Daniel é o que temos para hoje. Pelo menos a interação entre pai e filho do Batman e o Asa Noturna é muito bem trabalhada. A investigação que se segue é meio maçante, mas consegue criar uma expectativa para o que vem, mesmo que aponte para aquele “grande plano do Bane”. Ai, ai!

201 – BATMAN #30

O embate do Batman contra o KGBesta é brutal! Até esqueci momentaneamente que foi desenhado pelo Tony Daniel! Na segunda história da edição, a trama volta a se concentrar no “grande plano do Bane”, provando que o Batman não é o grande inteligente que ele pensa que é, já que todo o panteão dos seus vilões estão mexendo as cordinhas de marionete, sob a liderança do Bane, diretamente do… pasmem… Asilo Arkham. Ou o Batman não é inteligente o suficiente para perceber isso ou o Tom King acha os leitores burros o suficiente para engolir essa premissa. Mas vamos seguindo em frente, para ver até onde isso vai!

202 – BATMAN #31

Batman se alia ao Pinguim em uma investigação que vai de lugar algum, para lugar nenhum! Até entendo a premissa dessa longa fase do Tom King. É como se fosse uma releitura de “A Queda do Morcego”, na qual o Bane mexe os pauzinhos nos bastidores para torturar física e psicologicamente o Batman. Mas, diferente da saga noventista, em que os roteiristas sabiam que estavam escrevendo um gibi de super-heróis, o Tom King é muito pretensioso de achar que está escrevendo um grande thriller de investigação que inventa a roda e descobre a pólvora, sendo que, no final das contas, não passa de uma trama de vilão mequetrefe planejando derrotar o Batman… porque sim! O problema não é a trama em si, mas a maneira como é conduzida, com um ar de seriedade desnecessário, tentando ser muito mais complexa do que realmente é.

203 – BATMAN #32

Tom Taylor assume o roteiro dessa edição e nos brinda com uma excelente história do Dia dos Pais que mostra de forma bem interessante e fraterna a relação entre o Alfred e o Bruce Wayne. Muito bacana!

204 – TARZAN, O SENHOR DAS SELVAS

A finura dessa edição engana em um primeiro momento. Mas basta começar a ler, que logo vemos a densidade dessa nova versão da origem do Tarzan, mostrada de forma brutal em uma quantidade absurda de quadros por página. Gostei demais. Sou cada vez mais fã desse personagem.

205 – VERTICO CRIME: A RICA INDECENTE

Essa é uma coleção bem bacaninha, que cabe na bolsa, dá para ler em qualquer lugar e traz histórias bem “decentes” de crime! Brian Azzarello faz um arroz com feijão bem competente, que vai nos prendendo do início ao fim da trama. Enquanto o traço do Victor Santos lembra muito uma mistura de Frank “Sin City” Miller com Scott McDaniel, mas com algumas deficiências anatômicas que chegam a comprometer um pouco o desenrolar da trama, uma vez que em vários momentos fica difícil identificar quem é quem entre os personagens.

206 – VERTIGO CRIME: O EXECUTOR

Essa edição traz uma narrativa que gosto muito e que é bem difícil de produzir. O protagonista já chega com uma carga pregressa de passado e vamos descobrindo os detalhes à medida em que a história avança, sendo que esses detalhes influenciam no andamento da trama. Digo que é difícil, porque o roteirista já precisa saber de todo o passado do personagem para poder tecer a teia de aranha da trama.

207 – AS MELHORES HISTÓRIAS DA TURMA VOL 04: CASCÃO

Já falei que adoro essas coletâneas com as melhores histórias da turminha? Então… Eu adoro! Principalmente agora que conheço as pessoas por trás das histórias. O que torna ainda melhores, pela oportunidade que eu tenho de ver os meus colegas de “firma” brilhando! Bom demais! Pena que já está acabando. Essa coleção é composta por “apenas” seis volumes.

LEITURAS DA SEMANA: TURMA DA MÔNICA DE MONTÃO E ALGUNS GIBIS DE HOMINHOS

Comecei em grande estilo a segunda metade do desafio “365 leituras da pilha de 2025”, com histórias clássicas do “Mauricio do Velho Testamento” e outros clássicos contemporâneos do, agora, MSP Estúdios. Então, sem mais delongas, vamos à lista do que li no período até o dia 10 de junho de 2025.

183 – AS MELHORES HISTÓRIAS DO CHICO BENTO ESCOLHIDAS PELO MAURICIO

Simplesmente amo esses especiais dos personagens do Mauricio de Sousa. Além de sempre trazer a nata do suprassumo do melhor das histórias, essas coletâneas me ensinam muito sobre a essência desses personagens que tanto amo. O Chico Bento, assim como o Horácio, é um dos personagens mais difíceis de se escrever, por trazerem em sua essência muito da vivência do Mauricio. Tanto é, que eu demorei um tempão para escrever o meu primeiro roteiro do Chico Bento. E até hoje não me atrevi a escrever o Horácio. Por isso, acho incrível como toda a equipe responsável pelas histórias desse especial conseguem acompanhar a genialidade do Mauricio. As histórias do Chico Bento desse período do “Mauricio do Velho Testamento” são pura poesia textual e artística. É praticamente impossível não tirar alguma lição importante dessas páginas, sem esquecer, claro, da diversão, já que o bom humor é marca registrada do Mauricio.

184 – AS MELHORES HISTÓRIAS DA TURMA VOL 01: MÔNICA

Esse gibi faz parte de uma coleção em 06 volumes que reúne algumas das melhores histórias contemporâneas da turminha. Geralmente eu compro essas coletâneas para pesquisa, justamente por trazer a nata do suprassumo das histórias, por ser mais fácil de guardar, e melhor para localizar as histórias, ao invés de catar em diversos gibizinhos. Mas após ler o especial do Chico Bento, bateu aquela vontade de maratonar os gibis da Turma da Mônica. E a pesquisa foi para as cucuias. Que bom! A diversão despretensiosa falou mais alto. E que diversão! Aqui tem toda aquela confusão deliciosa que a gente espera de um bom gibi da Mônica. Com muitas coelhadas, claro!

185 – HOMEM-ARANHA: A SAGA DO CLONE VOL 08

Continua o novelão da Saga do Clone escrito pela Glória Perez! Sim, toda vez que pego para ler um volume da Saga do Clone, tenho a exata sensação de que seria algo que a Glória Perez escreveria para uma novela das nove! Tem tudo a ver com ela! Muito melodrama barato, personagens com motivações que vão de lugar nenhum para lugar algum, reviravoltas forçadas e os personagens falando o tempo todo da bendita gravidez da Mary Jane. Tem coisa melhor? Claro que tem! Mas estou me divertindo muito relendo essa novela… digo… saga. Ainda mais porque eu li na época dos formatinhos tudo fora de ordem e não lembro de patavina nenhuma!

186 – AS MELHORES HISTÓRIAS DA TURMA VOL 02: CEBOLINHA

Continuando a maratona Turma da Mônica… que não é bem uma maratona, já que a minha coleção é finita, apesar de grande… se eu ler muito rápido, vai acabar logo! E eu gosto de degustar os gibis da turminha. Principalmente este, que mostra o suprassumo da cara de pau do Cebolinha! Adoro!

187 – MARVEL APRESENTA #16: MARVEL MILLENNIUM ELEKTRA

É muito difícil equiparar uma obra de arte em seu auge. A Elektra do Frank Miller é perfeita em todos os sentidos. Você consegue acreditar que aquela grega se tornou uma ninja assassina. Se um editor chegasse pra mim e pedisse para fazer uma versão “ultimate” da personagem, eu sairia correndo… e depois aceitaria! Trabalho é trabalho, né? Mas fracassaria miseravelmente, exatamente como o Mike Carey! A Elektra dele é filha de um dono de lavanderia e sobrinha de tios metidos com a máfia. Nas horas vagas, ela pratica uns golpezinhos de artes marciais! É claro que essa moça está super qualificada para se tornar uma assassina, correto? Na visão do Carey, sim. Mesmo que ela não consiga ser páreo nem para o Matt Murdock, que aqui não veste uniforme de Demolidor. O absurdo, é quando ela enfrenta o Mercenário! Nem vou falar mais nada! Se eu fosse o Mike Carey, não teria voltado depois de correr para longe quando o editor ofereceu o serviço!

188 – CONAN, O BÁRBARO #05

Mais do mesmo divertido do Cimério de Bronze, só que soberbamente bem desenhado e com o Rei Kull como “brinde” em um crossover sensacional.

189 – AS MELHORES HISTÓRIAS DA TURMA VOL 03: MAGALI

Vamos para mais um volume dessa coleção sensacional. Dessa vez, focado na Magali. Com histórias tão legais quanto estas, simplesmente não dá para ir devagar! Já cheguei na metade da coleção e a vontade é de não parar enquanto não acabar. Turma da Mônica é isso mesmo! Apaixonante!

190 – MARVEL APRESENTA #17: 4

Adoro o Quarteto Fantástico. A essência dos personagens é a exploração do inexplorado, mesmo que esse inexplorado seja a falência do grupo, a falta de grana e a fila do desemprego! Quarteto Fantástico é isso!

191 – MARVEL APRESENTA #18: VINGADORES

Esse gibi dos Vingadores é muito legal. Não lembrava que era escrito pelo Geoff Johns. Pra mim, o cara sempre esteve na DC Comics. É a segunda edição escrita por ele que me surpreende positivamente. A primeira, foi a do Coisa. Além disso, o roteirista repete a parceria com o desenhista Scott Kolins, de quem sou muito fã desde as histórias do Flash. A história em si não traz grandes inovações no enredo. Coloca a Jennifer Walters como protagonista do “seriado do Hulk”, tentando se esconder em uma cidadezinha do interior típica dos EUA, enquanto procura por seu primo Bruce Banner. Claro que em dado momento dá ruim e a Jennifer se transforma na furiosa Mulher-Hulk. O bacana é ver como a relação dela com o primo é construída. Você acredita realmente que fazem parte da mesma família. Coisa que vemos pouco explorado nos gibis da Marvel.

192 – MARVEL APRESENTA #19: 4

Dando continuidade às histórias do Quarteto Fantástico falido, vemos uma divertida história de terror/ficção científica em um acampamento na floresta. O nível cai um pouco na segunda metade da revista, pela troca de roteirista e por mais uma tentativa do Namor de colocar chifres na cabeça elástica do Reed Richards. Pelo menos o lado humano do Tocha Humana é bem explorado.

193 – MARVEL APRESENTA #20: GUERRA SECRETA

Spin off da minissérie Guerra Secreta protagonizada pela Jéssica Jones que vai de lugar nenhum, para lugar algum. Bem típica do Brian Michal Bendis. Mas como o cara é bem desenrolado na escrita, a história se torna até divertida, naquele esquema de colocar a personagem reagindo ao que está acontecendo, sem saber o que está acontecendo.

194 – MARVEL APRESENTA #21: HOMEM-ARANHA E TOCHA HUMANA

A proposta é batida: mostrar a evolução da amizade dos personagens ao longo do tempo, passando pelas diferentes fases de suas histórias. Mesmo assim, Dan Slott e Ty Templeton conseguem produzir uma das mais divertidas histórias do Homem-Aranha e Tocha Humana que já li nos últimos tempos dessa semana! Me diverti bastante!

METADE DAS 365 LEITURAS DA PILHA DE 2025

Para quem acompanha este blog, já está por dentro da brincadeira que iniciei em janeiro, que consiste em atacar a pilha de leitura e devorar 365 obras durante todo o ano de 2025 para, depois, postar pequenos comentários sobre cada uma por estas paragens. Além da brincadeira em si, essa iniciativa tem por objetivo estimular e resgatar o meu gosto por leitura. Como expliquei anteriormente, o meu trabalho exige muita pesquisa, sendo que, ao final do expediente, a minha mente está só o mingau de cansada e nem um pouco a fim de ler nada relacionado ao trampo.

No entanto, a vontade de ler não desaparece. É apenas cansaço mental. Normal! Então, para resolver essa questão, entrei nessa brincadeira! Chegando agora no mês de junho, já alcancei metade da meta, com a cabeça mais leve do que nunca e muito estimulado em continuar devorando os meus queridos gibis!

Fiz um compilado das 182 obras que li até o presente momento (tá, pra ser metade, metade, teria que ser 182,5!), com sua grande maioria voltada para os gibis de super-heróis, que são a minha válvula de escape para relaxar a caixola (além de dançar forró, claro!), entre lançamentos, velharias e lançamentos de velharias! Obviamente que não entraram na lista as leituras que faço como pesquisa para o meu trabalho, justamente para não dar pistas dos próximos temas que tratarei nos roteiros! Senão já teria passado das 200 leituras! Espertinho, né?

Confira:

LEITURAS DA SEMANA: CHEGANDO NA METADE DO DESAFIO

Para quem está pegando o bonde andando, no início desse ano me propus uma brincadeira intitulada “365 leituras da pilha de 2025” (saiba mais aqui), justamente visando ler o que está acumulado em cima das estantes e, depois, registrar aqui em pequenos comentários. Eis que estou exatamente na metade do caminho, quando cheguei à 182ª leitura. Então, sem mais delongas, vamos para os comentários do que li no período até 01 de junho de 2025.

171 – A SAGA DO WOLVERINE # 04

Claramente peguei esse gibi pela icônica capa rasgada! É uma boa história que se propõe a dar continuidade ao clássico “Arma X” que contou como o Wolverine “ganhou” o adamantium nos seus ossos. Apesar dos bons desenhos do Marc Silvestre, o roteirista Larry Hama não consegue manter a mesma genialidade que o Barry Windsor-Smith estabeleceu na série original. Ele até tenta fazer aquele esquema de narrativa não-linear, mas o que consegue mesmo, é deixar alguns trechos bem confusos.

172 – MARVEL APRESENTA #12: O FIM DO UNIVERSO

Jim Starlin retorna ao Thanos para dar continuidade ao arco anterior, Abismo. Dessa vez, mostrando o fim do Universo Marvel. Claro que tem toda aquela viajada na maionese que eu tanto gosto do Starlin, que sempre leva a história de lugar algum, para lugar nenhum. Não espero menos do que delírio quando leio algo escrito e desenhado pelo Jim Starlin.

173 – MARVEL APRESENTA #13: O FIM DO UNIVERSO

Na conclusão do arco, Thanos se torna o próprio universo ao se apoderar de um poder além da imaginação. O bacana não é ver o Thanos superpoderoso de novo e, sim, presenciar o fim de sua trajetória, quando o personagem finalmente consegue o que passou anos almejando, a atenção e o beijo da Morte. Depois disso, nada mais tem importância para o titã louco. Muito bacana.

174 – MARVEL APRESENTA #14: WOLVERINE – ILHA X

Devo confessar que não sou muito fã da escrita do Bruce Jones, por pensar que o cara se acha muita coisa para pouco conteúdo. Os roteiros dele são sempre muito superestimados e mascaram a pobreza de conteúdo com técnicas narrativas mais viajandonas. Mesmo assim, gostei bastante desse gibi do Wolverine. Bruce Jones contém um pouco o seu ego e faz um arroz com feijão bem temperadinho para retratar a dicotomia animal/homem do Wolverine.

175 – MARVEL APRESENTA #15: WOLVERINE E JUSTICEIRO

Tudo o que esses dois personagens precisam para botar para quebrar em uma boa história de ação, é uma desculpa! Pena que a desculpa bolada pelo Peter Milligan seja tão ruim, que quase estraga o restante! A sorte é que o Frank Castle e o Logan são personagens porradeiros tão legais, que a história praticamente se escreve sozinha. Esse é um belo gibi representante dos filmes de ação típicos da década de 1980.

176 – CONDADO MALDITO VOL 01

Peguei três volumes dessa coleção em promoção na última Bienal do Livro de Fortaleza sem saber nada da história, somente pelas belas capas. Depois, fui atrás do restante da coleção e me assustei ao saber que eram oito volumes! Agora que estou com tudo completo, comecei a ler e me surpreendi! Primeiro, pela lindíssima arte em aquarela, que tocou o meu lado de artista plástico. Segundo, porque sou fã de terror e de histórias de bruxas. Apesar de já ter lido um sem-número de histórias de bruxa e ter me decepcionado com a maioria, dessa vez não foi o caso. Pense numa história massa! Agora vou maratonar toda a coleção, certo? Negativo! Vou ler em doses homeopáticas. Faço isso com coleções desse naipe, para não acabar logo. Faz sentido pra você?

177 – HOLY AVENGER: PALADINA VOL 03

Sou fã do Marcelo Cassaro desde pivete, dos tempos do gibi “As Aventuras dos Trapalhões”. Então você deve imaginar a minha alegria em ter me tornado colega de trabalho na MSP Estúdios do Mestre Cassaro (sim, eu o chamo assim, porque respeito muito quem me ensinou o que sei hoje, mesmo que indiretamente). Já a Erica Awano, fiquei fã na primeira série de Holy Avenger e também pelos fascículos ensinando a desenhar mangá que a Editora Escala publicava. Ou seja, nem preciso dizer que é sempre uma alegria ler algo produzido por essa dupla tão incrível. Principalmente se for no universo de Holy Avenger!

178 – ANAMORFOSE

Rapaz, pense num mangá muito louco! Admiro a capacidade dos japoneses de produzir histórias praticamente de qualquer ideia. Nessa coletânea, o Shintaro Kago faz uma espécie de BBB macabro que deixa a leitura tensa do primeiro ao último quadro. No entanto, por se tratar de uma coletânea, o terço final do gibi traz histórias curtas não muito interessantes.

179 – 180 – 181 – ALEX+ADA VOL 01, 02, 03

Peguei essa trilogia pelas capas, sem saber nada da história. Para a minha surpresa, o co-roteirista e desenhista Jonathan Luna é o mesmo que desenhou a série “Ultra: Sete Dias”, que sou muito fã! Quando comecei a ler, só consegui parar quando acabou o terceiro volume. Pense numa história bem construída. A premissa não é tão original. Trata-se da mistura de ficção científica com romance, que discute questões sobre os direitos dos robôs de forma tão orgânica e sensível, que nos faz pensar por horas após o fim da revista. Gostei muito!

182 – MARVEL APRESENTA #06: HULK – O ÚLTIMO TITÃ

Não sei por que cargas d’água eu não tinha esse gibi do Hulk na coleção, mas já resolvi essa questão. Bem no contexto da morte do querido roteirista Peter David. Reler essa edição nesse momento trouxe um significado diferente, como se alguém querido, que cresci lendo, realmente não estivesse mais aqui pra gente “conversar”.

LEITURAS DA SEMANA: MARVEL APRESENTA DE MONTÃO

Vamos direto para as leituras do período até 25 de maio de 2025, sem perda de tempo, porque são 14 gibis lidos!

157 – OS HERÓIS MAIS PODEROSOS DA MARVEL VOL 04: HULK – OS CÃES DE GUERRA

O roteirista Paul Jenkins apresenta um arroz com feijão básico do Incrível Hulk, com o verdão sendo caçado pelo exército. Pelo menos aparentemente. O problema é que o Jenkins foca demais na análise do psicológico do Bruce Banner e perde “tempo” de páginas para revelar os reais motivos por trás do General John Ryker. Resultado? Fica tudo muito corrido para o final e pouco relevante. Mesmo assim, é uma boa aventura do Gigante Verde… Cinza… com destaque para a arte limpa e fluida do sempre competente Ron Garney.

158 – BATMAN EXTRA #10

Rapaz, esse arco “Pesadelos Soturnos” é uma das piores coisas que já li do Batman. E olha que esta coleção é bem bacana, uma espécie de “herdeira” da antiga “Um Conto de Batman” da Editora Abril, que contava histórias do início de carreira do Homem Morcego.

159 – MARVEL APRESENTA #01: WOLVERINE E HULK

Desde que esta coleção começou a ser lançada, só me propus a comprar as edições que traziam o Hulk na capa. Para quem não sabe, o verdão é o meu personagem preferido. Recentemente inventei de correr atrás dos demais números para completar a coleção e ler de uma ponta a outra em ordem de publicação. Começando por este primeiro número, posso dizer que não traz uma história com nada mais profundo do que a arte incrível do Sam Kieth. O que é ótimo, já que sou muito fã do artista. Pena que “The Maxx”, sua série autoral na Image Comics, nunca tenha saído por estas bandas.

160 – BATMAN EXTRA #11

Meu amigo, não costumo deixar gibi pela metade, mas esse aqui não teve jeito. Quando eu vi o Coringa na capa, já soube que o que estava ruim iria piorar ainda mais. Dito e feito! Só li metade da revista na conclusão do arco “Pesadelos Soturnos” e larguei o restante de mão! Muito ruim!

161 – MARVEL APRESENTA #02: VIÚVA NEGRA

Está aqui um pequeno clássico da Viúva Negra. Pena que é tão curtinho! A trama é envolvente e merecia ter mais espaço para ser melhor aprofundada. Agora, a arte do Scott Hampton é de cair o queixo. Traz de volta aquele meu lado de artista plástico dos velhos tempos, já que sempre fui fã do Hampton. Muito bacana.

162 – MARVEL APRESENTA #03: BANNER

Eis outro pequeno clássico, dessa vez com o Hulk. Brian Azzarello não faz nada demais com o Gigante Verde. Mas traz um “mais do mesmo” tão bem conduzido, que deixa um frescor na boa e velha trama do exército caçando o Hulk. E a arte do Richard Corben? Que coisa maravilhosa de grotesca!

163 – MARVEL APRESENTA #04: THOR – TEMPESTADE DIVINA

Kurt Busiek e Steve Rude traz um conto nórdico bem bacana do deus do trovão, em diferentes fases do personagem. Uma leitura bem agradável e despretensiosa, com aquela pegada “naftalina Kirbyana” que é marca registrada na bela arte do Steve Rude.

164 – MARVEL APRESENTA #05: QUARTETO FANTÁSTICO – AS QUATRO VIAGENS DE SINBAD

Esse é mais um caso de uma história que precisaria de mais páginas para ser melhor aprofundada, principalmente porque vemos muito pouco das tais “quatro viagens”, uma vez que cada viagem acontece muito rápido, coisa de uma a três páginas. Merecia mais! Mesmo assim, Chris Claremont e Pascual Ferry conseguem nos levar a um verdadeiro mundo das “Mil e uma noites”. Por falar em poucas páginas… A segunda metade da revista traz o encontro da Mulher-Hulk com o Coisa enfrentando o Homem Dragão e Vampiros debaixo dos túneis do metrô! Gostou da premissa? Eu também! Pena que dura tão pouquinho!

165 – MARVEL APRESENTA #07: O COISA – CIRCO DE HORRORES

A última vez que li esse gibi, foi quando do seu lançamento em 2003. Não sei explicar o motivo, mas lembro que eu tinha um certo ranço por essa história. E quer saber? Pense numa aventura divertida! Eu lembrava que era desenhada pelo Scott Kollins, artista que gosto muito das histórias do Flash, mas eu era totalmente alheio ao roteirista Geoff Johns! Foi uma surpresa ver que a história é dele! Gostei bastante.

166 – A SAGA DO HULK VOL 02

Tenho uma frase que eu falava bastante: “Os filmes do Jackie Chan são compostos por um fiapo de roteiro que são uma desculpa para as suas mirabolantes cenas de ação!” Pegar para ler um gibi do Hulk Vermelho me traz a mesma sensação! Jeph Loeb só precisa de uma boa desculpa para dar aos seus artistas páginas e mais páginas de sequências de ação de tirar o fôlego. Não sei qual a porcentagem do mérito das “coreografias”, se são pensadas em sua maioria pelo Loeb ou pelos artistas, mas posso te dizer sem sombra de dúvidas que é muito trabalhoso escrever roteiros de ação, justamente pela necessidade de ter que elaborar sequências coerentes de quebra pau! Então, meus queridos, este é um gibi de ação muito divertido. E até já estou “engolindo” melhor o Hulk Vermelho, que detestei durante anos!

167 – MARVEL APRESENTA #08: THANOS – ABISMO INFINITO

Toda vez que pego um gibi do Thanos escrita pelo Jim Starlin, fico me perguntando até onde vai a “lombra” do enredo! E nunca me decepciono! Starlin sempre leva a história para rumos catastróficos que mudarão para sempre o universo, até que chegue no último número e tudo volte ao normal! Não por acaso, já que foi ele quem criou o Titã Louco, gosto muito da forma como o Jim Starlin escreve o personagem.

168 – MARVEL APRESENTA #09: THANOS – ABISMO INFINITO

A conclusão do arco traz mais do mesmo que vai de lugar nenhum para lugar algum, mas que é extremamente divertido!

169 – MARVEL APRESENTA #10: WOLVERINE E HOMEM-ARANHA

Nessa altura do campeonato, já deu para perceber como subestimei essa coleção na época do seu lançamento. Seja pelo momento na época ou o atual, mas estou achando as edições muito divertidas, com histórias fechadinhas e despretensiosas, sem o peso da cronologia. É o caso desse encontro do escalador de paredes com o baixinho mais invocado do Xis-men! O único porém é para o final, que ficou corrido demais e precisou de “palestrinha” do Nick Fury para contextualizar todo o enredo, antes que os heróis pudessem partir para o último desafio. Fora isso, é uma edição muito bacana.

170 – MARVEL APRESENTA #11: A VOLTA DOS NOVOS MUTANTES

Esta é mais uma tentativa da Marvel de ressuscitar os Novos Mutantes. O enredo é até bacaninha, dividindo em capítulos fechados a histórias de cada novo mutante recrutado pela Danielle Moonstar. Pena que o desenho não coopera muito, com traços até simpáticos, mas muito estáticos.

LEITURAS DA SEMANA: MUTANTES, MORCEGOS, BÁRBAROS E TURMA DA MÔNICA CLÁSSICA

Liguei o modo turbo e fiz uma limpa nos gibis dos X-men bem quando está se passando a reta final do Chris Claremont à frente dos heróis mutantes. Eu nunca havia lido essa fase em ordem numérica. Pelo motivo de sempre: na época dos formatinhos, eu ia pegando o que caia nas mãos, sem me preocupar muito com a ordem de leitura. De modo que lia de trás pra frente, de frente pra trás, em vice-versa, simultaneamente e ao mesmo tempo! O lado bom disso, é que não dava pra perceber os altos e baixos dessa fase final. Quer saber como foram as minhas leituras? Então confere os comentários sobre as obras lidas até o período de 13 de maio de 2025.

148 – A SAGA DOS X-MEN # 28

Essa edição traz uma das minhas histórias favoritas dos X-men: Devaneios Febris! Quer dizer, foi assim que li a vida toda no formatinho da Editora Abril Jovem. Aqui, foi traduzida como “Sonho Febril”. Não deixa de ser uma grande história, porém, na qual vemos o bom e velho Wolverine que não era imortal ainda, se ferrando feio nas mãos dos Carniceiros! Completa a edição a derrocada final dos X-men restantes, que entram no Portal do Destino para escapar dos Carniceiros, ao mesmo tempo em que começamos a ver o paradeiro dos X-men que já haviam sumido ou aparentemente morrido nas edições anteriores. O suspense é bem legal e instiga o leitor do início ao fim.

149 – BATMAN EXTRA # 08

Retomei a leitura dessa coleção do Homem Morcego, que sempre trouxe histórias bem bacanas passadas no início de carreira do personagem. Essa aqui não é diferente. Apresenta a relação de amizade entre o Batman e o Comissário Gordon durante vários períodos da vida dos dois. Bem bacana!

150 – SUPER-ALMANAQUE MÔNICA # 01

Adoro esses especiais antigos da turminha. Principalmente quando tem um montão de páginas. Pena que não dá para colecionar todos. O tipo de humor dessa época era bem cínico e ácido, típico das obras que eram produzidas no período. Muito bacana!

151 – ALMANAQUE DO CEBOLINHA # 02

Peguei também esse almanaque antigão do Cebolinha. O engraçado é que tem uma diferença de quatro anos de publicação desse gibi para o anterior. E eu só tenho esses dois almanaques na coleção. Qual a chance de ter exatamente a mesma história em ambos? Foi o que aconteceu com “Pula-Pula”, que saiu nas duas revistas. Essas coincidências da vida são muito loucas. Não pelo fato de uma mesma história ter saído duas vezes. Mas pelas duas revistas terem caído em minhas mãos.

152 – A SAGA DOS X-MEN # 29

Essa edição marca a transição dos desenhos do Marc Silvestri para o Jim Lee e mostra o paradeiro de personagens como Psylocke, Tempestade, Colossus e Cristal. Também vemos o final da invasão dos Carniceiros à Ilha Muir. Essa edição é toda fantástica, com um ritmo de ação alucinante!

153 – A SAGA DOS X-MEN # 30

A primeira história dessa edição não é lá essas coisas. Apesar dos incríveis desenhos do Marc Silvestre, o enredo bolado pelo Chris Claremont enfia um monte de personagens sem importância alguma nas páginas, que fica muito difícil saber quem é quem e logo me fez perder o interesse pela trama. Mas como eu tinha que ler o restante da revista, fui até o fim! Que bom! Porque logo em seguida vem a sequência do arco dos “X-men” enfrentando os Morlocks bizarros liderados pelo Masque, em completo clima de terror! Confesso que na época em que essas histórias saíram nos formatinhos, não gostei tanto dos desenhos do Kieron Dwyer e nem do Bill Jasska, que revezaram as edições enquanto esquentavam a cadeira para a chegada definitiva do Jim Lee. Mas agora, vou te dizer que essa sequência de histórias caíram como uma luva para esses dois desenhistas. Os dois conseguem nos ambientar de uma forma nos becos bizarros dos Morlocks, que chega a dar asco. Não sei se ficaria tão legal nos traços do Silvestre ou do Lee. Finalizando a edição, temos a tão aguardada (ou não) estreia do Gambit. Na minha imaginação, eu lembrava que essa edição era desenhada pelo Andy Kubert. Mas não! Foi só a capa mesmo! Quem desenha a estreia do cajun é o Mike Collins, que não fede nem cheira nos traços.

154 – A SAGA DOS X-MEN # 31

Pense num gibi que só comprei por causa da primeira história! Mais da metade da revista eu já tenho em outras publicações. Fazer o quê? Pelo menos a edição abre com a continuação da estreia do Gambit. Aí, sim, com os desenhos do Whilce Portacio, com uma “mãozinha” do Jim Lee e arte-final do Scott Williams. Meu amigo, esse povo nos traços faz toda a diferença, com um dinamismo incrível nas peripécias da Tempestinha (me recuso a chamar a Ororo adolescente de “Garoa”) com o Gambit. Muito legal!

155 – BATMAN EXTRA # 09

Dando continuidade a essa coleção do Bátêma, comecei com o arco “Pesadelos Soturnos”. Rapaz, pense numa história arrastada! E o pior é que vai durar por três edições da revista. Até que o enredo do Andrew Helfer é bom, que trata de uma traficante de drogas que é salva pelo Batman em início de carreira e, pouco a pouco, a história vai convergindo para um cara que é acometido por um vírus mortal na Colômbia, volta para Gotham City e começa a espalhar esse vírus por onde passa. O problema, é que a arte confusa e carregada do Tan Eng Huat deixa tudo muito cansativo e arrastado além da conta, tornando enfadonho um ritmo de história que já é bem lento. Vamos seguir em diante e ver até onde isso vai dar.

156 – CONAN SAGA # 01

Faz cerca de um ano que finalmente completei essa coleção do Conan. Tirando alguns poucos números que li aqui e acolá na medida em que ia comprando, nunca havia lido toda a coleção em ordem de publicação (pra variar). Então, resolvi fazer isso agora! Na primeira história, nenhuma surpresa! Nenhuma surpresa ruim, quero dizer! Porque temos aqui um monte de intrigas, traições, mortes, perseguições e tudo o mais que uma boa história do Conan deve ter! O mesmo segue no final do gibi, com uma história desenhada pelo Gil Kane. Muito bom! Devorei a revista forazmente!

LEITURAS DA SEMANA: MUITO BARBARISMO

Não sei se acontece o mesmo com vocês, mas geralmente pego algo para ler por motivos dos mais diversos e, de repente, me vejo “viciado” por alguns dias e só quero ler mais daquilo! Foi o que aconteceu (de novo!) com o Conan! Ajuda o fato de eu adorar o personagem, claro! Então, sem mais delongas, vamos para as leituras do período até 04 de maio de 2025!  

138 – SUPERAVENTURAS MARVEL # 04

Chegou a edição que estava faltando para finalmente completar a minha coleção da SAM. Como já dá para perceber, não tenho frescura de ler os gibis fora de ordem! O que dá até um “barato” legal! A edição abre com uma história do Luke Cage. Como é bacana ver no gibi os personagens que apareceram na série, como a enfermeira Claire Temple e o vilão Cascavel. Os desenhos do veterano George Tuska estão bem legais. Deu uma vontade sincera de continuar lendo essas aventuras do Luke Cage. Completam a edição o Doutor Estranho, Conan e o Demolidor, em um confronto frenético contra o Doutor Octopus pelas mãos do Frank Miller.

139 – CONAN, O BÁRBARO # 06

O gibi já começa com essa arte fantástica de capa. No miolo, volta o desenhista Rob de La Torre, que é uma espécie de “reencarnação” do John Buscema, e que torna o encontro do Conan com o Rei Kull ainda mais legal! Muito boa a edição!

140 – CONAN, O BÁRBARO # 07

Já a edição 07, traz essa capa não tão legal! A arte da quarta capa é bem mais bacana, mas acredito que não foi escolhida por ser mais “conceitual” e não tão “vendável”. A história também não é lá essas coisas. Mostra fatos do passado de mocidade do Conan que, até certo ponto, não dá para entender muito para onde que levar a trama. Claro que a quarta capa já dá uma pista, mas da segunda parte em diante, vemos que se trata de (mais uma) adaptação do conto “A Filha do Gigante do Gelo”. Dessa vez, mostrando fatos “nunca antes mostrados” da história. Sinceramente? Não sei se é pelo fato de eu já ter lido e relido as adaptações anteriores ou se é pelos desenhos mais “durões” e inexpressivos (depois de ler um Rob de La Torre, quase todo desenho fica durão e inexpressivo), mas a trama não me pegou tanto.

141 – A TORRE DO ELEFANTE

Por falar em adaptação de conto do Cimério, eis que pego A Torre do Elefante desenhada pelo Alcatena! Preciso falar mais alguma coisa? Foi a partir desse gibi que bateu a vontade de maratonar Conan! E vamos embora!

142 – A ESPADA SELVAGEM DE CONAN # 105

Essa edição tem duas coisas que não gosto muito nas histórias do Conan: ordem cronológica e aventuras no Oriente. No primeiro caso, talvez eu tenha me acostumado às histórias “saltadas” na fase clássica da ESC. Até melhor ler Conan dessa forma, porque a ordem cronológica prejudica a passagem de tempo dos acontecimentos. Em relação ao segundo ponto… bem… deve ser birra minha! Nunca gostei tanto das histórias passadas no lado oriental da Era Hiboriana. Mesmo assim, esse arco é bem legal! E se aproxima do seu grande final, com o Conan encontrando o Imperador de Khitai e enfrentando uma terrível feiticeira!

143 – A ESPADA SELVAGEM DE CONAN # 106

A conclusão do arco do Conan pelo Oriente é de tirar o fôlego. No entanto, lembra o que falei sobre como a ordem cronológica atrapalha a passagem de tempo? Pois é! Terminada a aventura, o Conan precisa voltar para o lado Ocidental da Era Hiboriana. Acontece que ele levou meses para atravessar o oceano. Roy Thomas tem agora um pepino na mão! Vai fazer como? Contar cronologicamente como será a viagem de volta? Claro que não! Ele prefere tirar uma solução do… bolso e fazer com que o Conan volte magicamente, em um piscar de olhos! Entendeu agora o que eu quis dizer? Quando a história acontece fora de cena, é mais fácil para o autor percorrer grandes distâncias e transpor grandes passagens de tempo. Mostrando os fatos em “tempo real”, isso fica mais difícil.

144 – A ESPADA SELVAGEM DE CONAN # 107

E continuam as aventuras em ordem cronológica do Conan. Dessa vez, iniciando um novo arco no qual o cimério conhece a Valéria! Muito barbarismo, pirataria, briga na taverna, intrigas e, claro, uma criatura horrenda que mais parece a Cuca! Legal demais!

145 – A ESPADA SELVAGEM DE CONAN # 108

Conan vai até Messântia. Gosto do aspecto novelesco com que o Roy Thomas está conduzindo esse arco, com núcleos de personagens agindo de acordo com os seus objetivos, que são diferentes uns dos outros, apesar de o objetivo maior ser o mesmo, o Tesouro de Trânicos! Sim! Este é o segundo capítulo do famoso arco do cimério! Está sensacional de acompanhar, até pra mim que não gosto muito de ler Conan em “tempo real”!

146 – A ESPADA SELVAGEM DE CONAN # 109

No retorno ao Porto Tortage, “lar” dos piratas da Irmandade Vermelha, Conan se depara com três misteriosas garotas no meio do mar que, depois, tocam o terror em terra firme, manipulando a todos e fazendo com que todas as mulheres dali sejam banidas. O que faz com que todos os piratas peguem os seus navios e partam em busca das mulheres, deixando Conan sozinho no Porto Tortage. A história toda de manipulação, mistério e suspense é muito legal! Melhor ainda, é o gancho que fica para o capítulo seguinte.

147 – A ESPADA SELVAGEM DE CONAN # 110

Os piratas liderados por Zarono, rivais da Irmandade Vermelha, retornam ao Porto Tortage e se deparam com o Conan que, sozinho, terá que defender o porto desses terríveis inimigos. Meu amigo, pense numa história frenética, com muita ação e porradaria para todos os lados! Imagine que esse é o “Duro de Matar” do Conan! Muito massa!

LEITURAS DA SEMANA: VELHARIAS EM PAPEL VELHO E VELHARIAS EM PAPEL NOVO

Vamos direto para as leituras do período até 21 de abril de 2025

123 – SUPERAVENTURAS MARVEL # 05

Dando continuidade às minhas leituras dos últimos primeiros números que faltavam para completar a coleção da SAM, chegou por estas bandas a edição 05 com duas histórias clássicas do Conan logo de cara, que servem para mostrar o código de honra do Cimério de Bronze, ao fazer de tudo por um companheiro que acabara de conhecer. Em seguida, uma história a que eu não estava tão acostumado (talvez por ter lido muito pouco do personagem) na qual o Doutor Estranho enfrenta uma horda de demônios em um completo clima de terror. Encerramos com mais uma história do Demolidor produzida pelo Frank Miller. Nostalgia e diversão na medida certa.

124 – SUPERAVENTURAS MARVEL # 06

A coisa degringola de vez com o Doutor Estranho enfrentando vários demônios de uma dimensão abissal. Ao custo da vida do Ancião, o seu mestre. Segue com a Miss Marvel em seu início de carreira, bem conduzida por Chris Claremont. Por fim, a estreia da Elektra! Nem precisa falar mais nada sobre essa edição espetacular.

125 – SUPERAVENTURAS MARVEL # 07

A origem do Pantera Negra soberbamente bem contada com os desenhos do grande John Buscema! Já a história da Miss Marvel dá uma decaída, muito mais pela imensa quantidade de personagens obscuros, que deixa o enredo chato e carregado, do que pelos desenhos bem bacanas do Sal Buscema. Pra salvar o final do gibi, a volta do Mercenário pelas mãos do Frank Miller!

126 – SUPERAVENTURAS MARVEL # 08

O gibi já vale por esta excelente capa pintada pelo grande Earl Norem! A história do Conan traz o clássico cerco à Makalet, que já li e reli trocentas vezes e nunca canso de ler! Bacana demais! A revista dá uma decaída com uma trama confusa e enfadonha do Luke Cage, mas logo recupera o fôlego com o Pantera Negra. Nesta fase da SAM, as histórias do Tchalla eram muito boas. Finaliza o gibi o Demolidor do Frank Miller, com a volta do Rei do Crime ao posto de bandidão mor!

127 – A SAGA DO SUPERMAN # 24

Esse volume traz somente histórias que marcaram época. Pelo menos a minha época! Com os primórdios de Hank Henshal, aquele que viria se tornar o vilão Superciborgue em O Retorno do Superman. Em seguida, um dos encontros mais legais do Superman com o Batman, naqueles tempos em que um não sabia direito como interagir com o outro. O final da história, com o Superman confiando a guarda do anel de kriptonita ao Batman, é um dos momentos mais legais desses dois super-heróis.

128 – A SAGA DO SUPERMAN # 01

Depois de um período de hiato, o gibi retorna com a numeração reiniciada. É a tal “segunda temporada” da revista, com aquela numeração fracionada na capa que mais confunde o leitor desavisado, do que estimula a comprar a coleção. Apesar disso, temos aqui uma sequência muito bacana de histórias, tanto no quesito ação, quanto no quesito “novela”, com o desenlace amoroso entre Clark Kent e Lois Lane finalmente indo para frente. Muito bacana.

129 – X-MEN LENDAS # 09

Já falei que estou gostando muito dessa coleção de X-men Lendas. Essa edição traz o reencontro entre Wolverine, Capitão América e Viúva Negra. Pena que o potencial de divertimento não foi de todo aproveitado pelo Chris Claremont, já que nos apresenta uma trama arrastada, confusa e cheia de personagens irrelevantes que não fedem e nem cheiram. Mas como se trata de um roteiro do bom e velho Claremont, dá para tirar leite de pedra e se divertir com a interação do trio de protagonistas. Com certeza comprarei o próximo volume.

130 – LENDAS MARVEL X-TREME X-MEN

Nunca fui muito fã dessa equipe de X-men. Muito mais por causa dos desenhos do Salvador Larroca, do que pelos enredos do Chris Claremont. Mas, como estou um pouco “viciado” nessa coleção de Lendas Marvel, resolvi dar uma chance para esse gibi. E foi só para ter raiva com os desenhos erráticos do Larroca. Tudo bem que o Claremont se enrolou um pouco na trama e tornou confusa algo que tinha potencial de ficar bem bacana. À princípio, os X-men teriam que lidar com o Ogun, antigo mestre do Wolverine e que também treinou a Kitty Pryde, mas isso logo é esquecido e a história começa a dar destaque a mais um grupo genérico de vilões anti-mutantes que ninguém consegue sequer memorizar os nomes, que dirá o visual e os poderes dos sujeitos. Assim, a trama tenta convergir o enredo do Ogun para dar algum sentido a toda essa massaroca, mas falha miseravelmente. E com os desenhos horrendos do Larroca!

131 – A SAGA DO SUPERMAN # 26

Continua o bom momento dos títulos do Superman, com a conclusão do arco contra a capeta Blaze trazendo um final trágico para um personagem importante. A segunda metade da revista já traz um arco em três partes escrita pelo Messner-Loebs e desenhada pelo clássico artista Curt Swan. No começo não gostei muito, já que traz todos os clichês possíveis sobre personagens do Oriente Médio. Mas a condução final já foi mais do meu agrado, por mostrar que têm coisas que o Clark Kent pode solucionar melhor do que o seu alter-ego.

132 – O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA # 23 – CAPAS VARIANTES

Continuando a minha coleção de capas variantes da Disney no gibi do Escalador de Paredes, peguei agora uma sequência de três edições, com seis capas diferentes, duas de cada! Essa edição traz uma espécie de revanche de “A Última Caçada de Kraven”, fetiche de todo roteirista que pega o Homem-Aranha para escrever. Mas até que a trama é legal e bem dinâmica. Menos na parte em que aparecem a Mary Jane e o pateta do marido dela. Já falei antes e repito: é nítido que o roteirista não sabe mais o que fazer com esse casal de songamongas! Perderam totalmente a função na história. Mas enfim… Coisas da vida!

133 – O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA # 24 – CAPAS VARIANTES

O que estou percebendo com esse roteirista Zeb Wells é que o cara tem boas ideias em que coloca uma péssima ideia no meio e acha que essa péssima ideia é que é a melhor ideia e começa a explorar a partir daí. Quer ver só? Achei massa a ideia de o Limbo estabelecer uma embaixada em Nova York e ter que lidar com alguns demônios arredios que estão espalhados pela cidade. Mas a ideia de um desses demônios assumir a forma de um Homem-Aranha genérico com visual cartunesco de Venom é medonha! Daí, me vem o Zeb Wells e produz um gibi inteiro co-protagonizado por essa aberração sem graça! Pelo menos as partes bizarras que têm um caçador de demônios é bem legal. Poderia ter focado só nisso, que já valeria a pena.  

134 – O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA # 25 – CAPAS VARIANTES

Lendo essa edição que abre oficialmente a nova Guerra de Gangues, percebi uma coisa que está fazendo muita falta nas histórias do Aranha: coadjuvantes! Foi só aparecerem o Joe Robertson, seu filho Randy Robertson, a noiva do filho e o pai da noiva, que o clima novelesco ganhou força no enredo. Nessa leva de mais três edições que li por causa das capas Disney, o Peter Parker praticamente só interage com o regenerado Norman Osborn. É até legal especular por quanto tempo vai durar esse lado “bondoso” do Norman.  Mas como não tem outros coadjuvantes, essa subtrama acaba ficando chata, porque só se fala disso! Não sei por que os roteiristas não fazem uma lista dos coadjuvantes do Aranha e trazem de volta estabelecendo diversos núcleos. Por exemplo: a Mary Jane se casou com o tal de Paul e o Peter ficou com a Gata Negra por causa disso. Por onde anda o Flash Thompson no meio disso tudo? O cara é ex da Felícia Hardy! Entende aonde quero chegar? Marvel, me contrata!

135 – CAÇADA SANGRENTA # 01 DE 03

Rapaz, comprei essa minissérie só porque achei os desenhos das capas bonitos. Mas diz aí, que a trama é muito divertida, apesar de rápida. Deu vontade de pegar os tie-ins para ver mais! Ah, comprei a versão “tarja vermelha” não porque prometia ser uma sanguinolência, como de fato não é, mas por ter ouvido falar que tinha mais páginas. Mas tem um negócio que morri foi de rir! No plástico do gibi, tem um selo avisando que é proibida para menores de 18 anos. Na capa, tem um aviso de “conteúdo sensível”. Na página 03, novo aviso de proibido para menores de 18 anos. Na página de título, mais dois avisos! Meu amigo, que exagero é esse? Por um momento, achei melhor pensar que era a Panini, ou a Marvel, vai saber, zoando com a cara do leitor! Porque tirando um pouco de sangue aqui e acolá, esse gibi não tem nada de mais. Mas é bem divertido!

136 – CAÇADA SANGRENTA # 02 DE 03

Continua o divertido confronto dos heróis Marvel contra os vampiros. O verdadeiro vilão é revelado! E o Doutor Estranho faz um pacto com o diabo. Muito legal!

137 – CAÇADA SANGRENTA # 03 DE 03

A conclusão da saga dos vampiros é bem legal. Só não é melhor, porque tira uma solução muito furada para a derrocada do vilão. Um vilão ultrapoderoso, diga-se de passagem. Mas era de se esperar. Mesmo assim, isso não tira o lado divertido da minissérie.